O mês de abril encerrou com apenas 62% do total de chuvas esperado em Rio Branco, capital do Acre. Dados da Defesa Civil Municipal mostram que durante todo mês choveu 122.4 milímetros na cidade. Era esperado para esse período 195.9 milímetros.
Em março, a capital acreana encerrou o mês de março com 141,3 milímetros a mais de chuva do que era esperado para o período, 431,3 mm. Com esse volume de chuvas, a capital ultrapassou as cotas de alerta (13,50 metros) e transbordo (14 metros) do Rio Acre em Rio Branco.
Ao todo, a cheia desabrigou 25 famílias com 91 pessoas que ficaram em três abrigos públicos e desalojou outras 12 famílias com 37 pessoas.
Já a partir da segunda quinzena de abril, as chuvas ficaram mais escassas, o que afetou o nível do Rio Acre. Na capital, o manancial já está abaixo dos 3 metros.
“A previsão era justamente essa, que a partir da segunda quinzena de abril a gente tivesse esse retrocesso. Em março chegamos a 15 metros no Rio Acre e agora no final de abril baixou para 4 metros. Agora início de maio estamos com 3,90 metros. Essa é a pior marca dos últimos oito anos”, explicou o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.
O coronel destacou que toda a bacia do Rio Acre está em vazante, sem nenhum ponto acima dos 4 metros. Ele diz que já foi feito o mapeado das áreas que têm escassez de água, que não tem rede de abastecimento, como vilas, comunidades rurais e outras.
“Estamos nos planejando para atender mais uma vez. Fora isso também estamos, como o abastecimento de água é da prefeitura, com o planejamento junto ao Saerb para ver um plano de contingência na parte urbana, nos bairros que podem sofrer com desabastecimento”, frisou.
Para maio, o coronel falou que é esperado chover até 102.8 milímetros. “A previsão é de as chuvas serão abaixo da média para os próximos períodos. Podemos ter uma das piores estiagens dos últimos tempos, além de ondas de calor altas.”