Após fortes chuvas que caíram no fim de semana e esta segunda-feira (21), o nível do Rio Tarauacá, na cidade de mesmo nome, no interior do Acre, subiu mais de 4 metros e voltou a transbordar. O manancial marcava 6 metros nesse domingo (20) e subiu para 10,20 metros na medição 18h desta segunda. A cota de transbordo na cidade é de 9,50 metros.
A coordenação da Defesa Civil Municipal informou que a água já atinge ruas dos bairros Triângulo, Senador Pompeu e das Flores. Contudo, ainda não há nenhum morador desalojado ou desabrigado.
O órgão destacou também que, na cidade, choveu cerca de 27 milímetros, mas caiu muita chuva nas cabeceiras do manancial.
O coordenador do órgão, sargento Marcelo Monteiro, disse que a explicação para a subida repentina do rio foi um repiquete. Ele acrescentou que já pelo período da manhã o manancial ultrapassou a cota de alerta, de 6,50 metros, e ao meio-dia transbordou.
“A gente acredita que essa cheia repentina foi ocasionada por chuvas locais, não temos notícias nos altos, no Jordão o rio não está cheio, o Rio Muru está cheio, mas não ponto de causar isso. A gente acredita que foi um repiquete, esperamos que vai subir um pouco mais, ainda vamos ver as previsões para amanhã [terça-feira, 22]. Não temos ninguém desabrigados, nem desalojados”, complementou.
O sargento afirmou que as equipes estão prontas para qualquer necessidade de atender os moradores. “Estamos monitorando na régua na ponte como no Sistema Nacional de Águas”, pontuou.
Transbordamentos
Essa é a terceira vez que o Rio Tarauacá transborda na cidade. A primeira vez foi no dia 21 de fevereiro quando o manancial atingiu a marca de 9,50 metros no interior.
Já no último dia 10, o nível do rio voltou a subir e ultrapassou mais uma vez este ano a cota de transbordo, que é de 9,50 metros.
As águas do rio subiram cerca de 1,88 metro em 24h. Conforme a Defesa Civil, a elevação se deu após o registro de chuvas acima de 100 milímetros na região do Rio Muru, na zona rural, e também na parte urbana da cidade entre os dias 8 e 9 de março.
A estimativa da Defesa Civil era de que ao menos duas mil famílias estejam afetadas pela enchente. Isso porque estão com água do rio nos quintais.