Ícone do site Ecos da Noticia

Após mais de 6 meses, porto de Cruzeiro do Sul ainda opera com rampa de acesso improvisada

Foto: Reprodução

O principal porto de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, continua operando com uma rampa de acesso improvisada após mais de seis meses. Um desbarrancamento que ocorreu em abril do ano passado após a seca do Rio Juruá levou a rampa e chegou a ameaçar também galpões no local.


A direção de Portos e Aeroportos do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre) confirmou que o porto deve operar com a atual estrutura pelo menos até ano que vem. É que há instabilidade na área e o governo também precisa de R$ 10 milhões para executar uma obra no local.


“Não posso investir R$ 10 milhões se não vamos conseguir recuperar. Vamos esperar mais esse ano para que ano que vem [a obra possa ser executada]. O recurso não foi disponível este ano, talvez ano que vem. Lá não é obra barata e não aconselho investir caro se não recuperar”, destacou o diretor de Portos e Aeroportos do Deracre, geológo Sócrates Guimarães.


O diretor falou também que a erosão levou mais de mais de 100 metros da área do porto. Segundo ele, o governo investiu com contenção, mas a área foi sendo arrastada pela água do rio. “Tentamos recurso com o Dnit também, mas não tem. Refizeram o píer de desembarque, mas a água levou. É uma estrutura detalhada, não é só chegar e jogar dinheiro. A localização do rio é ruim também”, concluiu.


Desbarrancamento

Com a vazante do Rio Juruá em abril, os prejuízos causados pela alagação começaram a surgir em Cruzeiro do Sul em abril do ano passado. Uma erosão ameaçava derrubar os galpões e levou a rampa de acesso do porto.


No dia 12 de maio do mesmo ano, professores da Escola Visconde do Rio Branco, da Comunidade Olivença, zona rural da cidade, precisaram ‘escalar’ o barranco para chegar à rua. O grupo voltava de um planejamento no colégio quando começou a chover.


Para mostrar a situação, o professor Samuel Melo gravou um vídeo mostrando os colegas tentando subir o barranco.


“Essa é a realidade dos professores da [escola] Visconde. Saímos da escola e quando chegamos ao porto para subir e ir para casa foi nessa situação. Ainda falam que a gente não está fazendo nada, está só brincando em casa, que não está trabalhando, mas essa é a realidade que estamos vivendo. Olha só a dificuldade para subir o porto do governo”, criticou na época.


Sair da versão mobile