A travessia feita entre a cidade de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves pela balsa contratada pelo Deracre continua suspensa após o acidente envolvendo o caminhão guincho que caiu no rio Juruá ao tentar entrar na embarcação na semana passada.
A previsão era que a balsa voltasse a funcionar nesta quarta-feira,12, mas a Marinha só libera para atividades fluviais as três balsas de grande porte que tem na cidade, após a vistoria de um engenheiro, como explica o capitão Reis . “Já é de conhecimento de todos o acidente que aconteceu no último dia 03 e toda vez que acontece acidente torna-se necessária a avaliação de um laudo por um engenheiro que ateste que a balsa está cumprindo os requisitos de segurança. Está prevista a vinda desse engenheiro que foi contratado pelo Deracre e pela empresa dona da balsa, com previsão de chegada até sexta-feira, 14, vindo de Porto Velho, de uma empresa Certificadora. O engenheiro fazendo os exames, as inspeções e as vistorias necessárias pra segurança da embarcação e apresentando esse laudo, a Marinha vai liberar a embarcação”.
Os moradores de Rodrigues Alves conseguem chegar a Cruzeiro do Sul, através da balsa que é ofertada gratuitamente pelo governo do estado ou pela Rodovia Ac 405.
Pela rodovia são 44 km de distância entre as duas cidades, o que se torna um transtorno para quem precisa fazer esse percurso. “Alunos que fazem faculdade, pessoas que trabalham em comércio, pessoas que trabalham no hospital, muitas pessoas que se deslocam daqui para ir trabalhar em Cruzeiro, tem a balsinha mas todo dia você precisa pagar e quem ganha um salario mínimo não vai sobrar nada no final do mês”, relatou um morador de Rodrigues Alves.
João Paulo é morador de Rodrigues Alves e todo dia precisa fazer a travessia, como uma forma de diminuir o percurso até Cruzeiro do Sul.
O funcionário público relata a dificuldade de quem precisa da balsa. “A situação é essa: as balsas paradas e o jeito é pagar todos os dias as balsinhas”.
O prefeito de Rodrigues Alves, Jailson Amorim revela que já conversou com o proprietário da balsa e o representante do Deracre em busca de uma solução para o problema. “Ontem estivemos reunidos com a marinha, com o comandante, com o proprietário da balsa, com o Deracre que é o responsável pela travessia do governo e infelizmente nós saímos de lá e a situação é bem preocupante. Depois do acidente, a marinha notificou a empresa para fazer os reparos da balsa, mas está faltando O laudo da empresa que está vindo de Porto velho para certificar a balsa que faz a travessia e outras balsas aqui da região. Então para nós é bem preocupante porque tem a população que precisa”.