No começo deste ano, o casal Rja e Priti, deu início a uma viagem por toda a Índia com o propósito de espalhar a seguinte mensagem: “pare de cuspir em público”. O casal proferia a mensagem aos berros com a ajuda de um alto-falante e carro coberto de slogans anticuspe.
Qualquer pessoa que tenha passado um dia que seja na Índia é capaz de entender o clamor do casal Narasimhan. O hábito de cuspir nas ruas do país é uma prática bastante comum para os nativos. Às vezes pode ser uma ação simples e fleumática ou vir acompanhada de um vermelho sangue, proveniente da noz de bétele ou paan com tabaco.
Assim, o catarro já se tornou uma decoração típica das paredes de edifícios e demais estabelecimentos indianos, até mesmo a histórica ponte Howrah da cidade de Calcutá não escapou do hábito anti higiênico. Estes exemplos evidenciam o motivo pelo qual o casal iniciou a campanha contra o cuspe.
O propósito é proteger as ruas, edifícios e pontes dos cuspidores, e prezar por um ambiente mais limpo. O casal mora na cidade de Pune desde o ano de 2010, desde então eles se autodenominavam de “guerreiros contra o flagelo das cuspidas”. Há tempos eles ministram oficinas, campanhas virtuais e presenciais, fazem mutirões de limpeza em ambientes públicos junto aos municípios, tudo em prol da causa.

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Índia tenta proibir hábito de cuspir em público em meio à pandemia da Covid-19
Internacional
De Laura Alvarenga Em 29 dez, 2021 20:07
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No começo deste ano, o casal Rja e Priti, deu início a uma viagem por toda a Índia com o propósito de espalhar a seguinte mensagem: “pare de cuspir em público”. O casal proferia a mensagem aos berros com a ajuda de um alto-falante e carro coberto de slogans anticuspe.

Índia tenta proibir hábito de cuspir em público em meio à pandemia da Covid-19. (Imagem: BBC News)
Qualquer pessoa que tenha passado um dia que seja na Índia é capaz de entender o clamor do casal Narasimhan. O hábito de cuspir nas ruas do país é uma prática bastante comum para os nativos. Às vezes pode ser uma ação simples e fleumática ou vir acompanhada de um vermelho sangue, proveniente da noz de bétele ou paan com tabaco.
Assim, o catarro já se tornou uma decoração típica das paredes de edifícios e demais estabelecimentos indianos, até mesmo a histórica ponte Howrah da cidade de Calcutá não escapou do hábito anti higiênico. Estes exemplos evidenciam o motivo pelo qual o casal iniciou a campanha contra o cuspe.
O propósito é proteger as ruas, edifícios e pontes dos cuspidores, e prezar por um ambiente mais limpo. O casal mora na cidade de Pune desde o ano de 2010, desde então eles se autodenominavam de “guerreiros contra o flagelo das cuspidas”. Há tempos eles ministram oficinas, campanhas virtuais e presenciais, fazem mutirões de limpeza em ambientes públicos junto aos municípios, tudo em prol da causa.
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Raja conta que certa vez, decidiram fazer uma pintura sobre as manchas de paan em uma parede da estação ferroviária de Pune. Contudo, a iniciativa não obteve êxito, pois o povo da Índia começou a cuspir novamente apenas três dias mais tarde. “Não há razão para cuspir na parede”, conta.
Enquanto isso, as reações da população da Índia quanto ao trabalho que o casal vem exercendo vão de indiferente à odiosa. Raja Narasimhan conta sobre um homem nervoso sobre a advertência contra o cuspe. Na ocasião, o homem fez o seguinte questionamento imperativo: “Qual é o seu problema? É propriedade do seu pai?”.
Mas a chegada da pandemia da Covid-19 mudou algo na cabeça dos cuspidores, fazendo até mesmo com que alguns deles se desculpassem. “O medo da pandemia os fez pensar”, conta Raja. É importante dizer que esta sempre foi uma batalha tímida. Na cidade de Mumbai, por exemplo, fiscais voluntários repreenderam pessoas que cospem, sujam ou urinam em público. Mas o projeto foi ignorado com facilidade.
Então veio a pandemia da Covid-19, cujo risco de transmissão e as medidas protetivas automaticamente inibem o mau hábito dos homens indianos. A partir daí, as autoridades da Índia promoveram a ação de penalizar a cusparada com multas mais pesadas, resultando até em pena de prisão de acordo com a Lei de Gerenciamento de Desastres.
A iniciativa recebeu o apoio do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que passou a aconselhar a população a não cuspir em locais públicos. “Algo que sempre soubemos que era errado”, completou ele.