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Acre tem aumento no número de mortes e queda nos registros de nascimento

O primeiro ano de pandemia teve reflexo direto no número de nascimentos e mortes no Acre. É o que apontam as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nessa quinta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta nos óbitos foi de 19% enquanto os registros de bebês caíram 10%, em 2020.


Conforme os dados do IBGE, foram registradas 4.779 em 2020, ano em que iniciou a pandemia de Covid-19, enquanto no ano anterior foram 4.022, ou seja, foram 757 mortes a mais.


Outro dado importante é que o aumento registrado no ano passado ficou concentrado entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade. Foi observado também que 66% dos óbitos ocorreram em hospital e outros 23% em domicílios.


No Brasil, o número de óbitos chegou a 1,5 milhão ao longo do ano – maior contingente de mortes da história recente do país.


Ao todo, foram registradas 195.965 mortes a mais no país na comparação com 2019, o que corresponde a um aumento de 14,9% dos registros de óbitos – maior aumento, tanto em número absoluto quanto em percentuais, desde 1984, quando teve início a série histórica das Estatísticas do Registro Civil feita pelo IBGE.


Nascimentos

Os nascimentos no Acre tiveram uma queda de 10%, de acordo com os dados referentes a 2020. Foram 15.412 registros de nascimentos feitos em cartórios no Acre.


Conforme os dados, desse total de registros, mais de 14,5 mil nasceram em 2020 e registradas até o primeiro semestre de 2021 e outros 853 correspondem a pessoas nascidas em anos anteriores ou com o ano de nascimento ignorado.


Entre 2019 e 2020, o número de nascidos vivos do sexo masculino diminuiu de 8.409 para 7.509, enquanto o de sexo feminino variou de 7.739 para 7.049.


Dados nacionais

A pesquisa do IBGE mostra que o número de registros de nascimentos também caiu entre 2019 e 2020 em todo país. A queda foi de 4,7%, após a redução de 3% em 2019. Foram 2.728.273 registros de nascimentos em 2020.


Houve queda em todas as regiões, sendo superior à média nacional nas regiões Norte (-6,8%) e Nordeste (-5,3%), e igual ou inferior no Centro-Oeste (-4,7%), no Sudeste (-4,3%), e no Sul (-3,1%). O Amapá foi o estado com maior queda (-14,1%), seguido por Roraima (-12,5%), Acre (-10,0%) e Amazonas (-7,4%).


“Já vínhamos observando uma tendência na queda das taxas de natalidade. Em 2016, ano de epidemia do zika vírus, houve uma queda mais elevada, acima de 5%. Mas, em 2019, em que não houve nenhum evento demográfico dessa importância, também tivemos redução dos nascimentos. Em 2020, contudo, cabe ressaltar que a pandemia pode ter agravado o adiamento dos registros, por conta da dificuldade de deslocamento até os cartórios. Então, pode ser que uma parte dos 133 mil registros de nascimentos a menos tenha apenas sido postergado”, explica a gerente das Estatísticas do Registro Civil do IBGE, Klivia Brayner.


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