O forte temporal que atingiu a capital acreana Rio Branco, na tarde dessa segunda-feira (6), gerou pelo menos 50 ocorrências envolvendo quedas de árvores, destelhamentos de casas, desabamento de muros e queda de postes de energia. A região mais afetada foi a do Segundo Distrito, segundo informações da Defesa Civil municipal.
“Dessas ocorrências tem árvores que caíram em cima de casas, desmoronamento de muros, queda de árvore em via pública, comprometimento de edificação. Temos uma média de 50km/h [a velocidade do vento]”, disse o coordenador da Defesa Civil, major Cláudio Falcão.
Além dos estragos na capital, cinco cidades acreanas e uma vila ficaram sem energia elétrica em alguns bairros. Uma torre de comunicação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de 95 metros desabou em Senador Guiomard, no interior do Acre, e acabou interrompendo o tráfego nos dois lados da BR-317. O tráfego foi liberado por volta das 18h50.
Em Rio Branco, o coordenador disse que a maioria das ocorrências foi registrada no Loteamento Fahat, Santa Inês, Santa Helena, Recanto do Buritis, Areal e Major Mendonça. Equipes seguem atuando nesta terça-feira (7) e número de ocorrências ainda pode aumentar.
“Às vezes demora dias para a gente poder dar conta. Estou aqui vistoriando cada lugar, cada situação para averiguar todos os prejuízos e ver o que o poder público municipal pode fazer para minimizar esses danos agora. Tivemos pessoas feridas, mas nada com gravidade”, explicou.
Susto
A idosa Francisca da Silva, de 63 anos, mora no bairro Santa Inês, e teve a casa destelhada e vários móveis e eletrodomésticos foram molhados, além do susto que passou. Ela disse que correu para o quintal, com medo de ser atingida pelas telhas.
“Passei um susto e não consegui dormir essa noite, estou meio cansada, mas graças a Deus posso dizer que estou bem porque foram só os bens materiais. O temporal destelhou minha casa, molhou cama, televisão, foi um Deus nos acuda”, lamentou.
A moradora disse que caiu muito lixo e conta com ajuda de familiares para fazer a limpeza. Ela lamenta e diz nunca ter visto algo parecido.
“Muito difícil. Tenho 63 anos e nunca tinha visto uma coisa tão terrível como vi ontem [segunda,6]. Aqui dentro de casa ficou quase meio palmo de água e a chuva muito forte. Quando vi as telhas caindo, corri porque tive medo”, contou.
Casas foram destelhadas durante temporal — Foto: Arquivo/Defesa Civil municipal