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Com obra parada por mais de 2 anos, governo volta atrás e decide manter museu em antigo colégio no AC

Após voltar atrás na ideia de usar prédio do Museu dos Povos Acreanos como secretaria e de mais de dois anos com obras paradas, que resultou na ação de vândalos, uma comissão composta por três secretarias do governo do Acre visitou o local nesta semana para fazer avaliação e retomar com a obra que está prevista para o mês de julho.


“Foi uma visita de entrada da empresa que ganhou a licitação para terminar a obra. Como ficou um tempo parada, a gente faz um inventário no primeiro dia que a empresa entra. Então, esse foi o objetivo da visita técnica e a empresa já é responsável pela vigilância do prédio e tudo mais”, explicou o secretário Ítalo Medeiros, da secretaria de Estado de Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (Seinfra).


A obra que teve início em 2017, está parada desde o final da última gestão. Ao todo são mais de dois anos. Orçada em R$ 34 milhões, incluindo equipamentos tecnológicos e interativos, já foram gastos no local mais de R$ 10 milhões.


A estimativa, caso a obra tivesse sido retomada em 2019, seria de gastos em torno de R$ 3 milhões para a conclusão, porém, com a ação de vândalos e roubos de fios de cobres do local, Medeiros informou que só após o relatório da empresa responsável é deve ser estimado o novo valor.


“A obra em si, para terminar é em torno de R$ 3 milhões, mas esse levantamento que está sendo tabulado é para termos certeza desse valor. A empresa é de construção e teve furto de equipamentos, de peças e cobre no local, e tudo tem que ser calculado”, disse.


A previsão é de que a obra seja retomada em julho deste ano. “Dia 1° queremos emitir a ordem de serviço para começar as obras de fato. Por enquanto, estão colocando o tapume, montando equipe. É a semana de mobilização da empresa”, acrescentou.


Obras de museu começaram em 2017 — Foto: Stalin Melo/Secom

Obras de museu começaram em 2017 — Foto: Stalin Melo/Secom


Museu

Em 2019, após gastar pelo menos R$ 10 milhões, o governo tinha anunciado que o local seria utilizado como sede da Seinfra. Na época, o então secretário da pasta, Thiago Caetano, afirmou que a ideia inicial se tratava de uma “obra faraônica” e que estava fora da realidade econômica do estado.


Segundo ele, o investimento total para o funcionamento do museu seria de cerca de R$ 34 milhões, mas que para o uso da secretaria deve seria gasto pouco mais de R$ 13 milhões.


Porém, o governo voltou atrás na ideia porque o financiador não aceitou a proposta, segundo explicou o secretário.


“O órgão financiador não aceitou, então vamos ter que ficar como museu mesmo. Na verdade, a gente queria otimizar custos, contenção, mas não vai ser possível por causa da fonte de recursos. Tem um custo de manutenção altíssimo, mas vamos manter mesmo assim”, pontuou Medeiros.


Museu Povos do Acre

O prédio onde vai funcionar o Museu Povos do Acre foi construído na década de 1960. O local sediou o Colégio dos Padres e, logo depois, o Colégio Meta. Em desuso, a edificação, protegida pela lei 1294/99, do Fundo de Pesquisa e Preservação do Patrimônio Cultural do Acre, foi desapropriada em 2016 para ser transformada no museu.


As obras foram iniciadas em maio de 2017. De acordo com o governo, todo o projeto para instalação do museu – desde a construção até a compra de equipamentos tecnológicos interativos – custaria cerca de R$ 34 milhões.


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