21 membros de facção são condenados a mais de 300 anos de prisão no Acre

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Cruzeiro do Sul, conseguiu na 2ª Vara Criminal do município a condenação de 21 pessoas pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. A soma das penas chega a 334 anos e cinco meses de prisão.


Os réus foram investigados na Operação Carthago, deflagrada em Cruzeiro do Sul pela Polícia Federal, em 2019, com apoio das polícias Civil e Militar, cujo objetivo foi reprimir o tráfico de drogas e combater as organizações criminosas presentes na região do Juruá.


As penas variam entre cinco anos e quatro meses, e 30 trinta anos e 10 meses de reclusão. A maior parte foi condenada por integrar organização criminosa: 18 pessoas. Já três réus receberam penas por tráfico de drogas e associação para o tráfico.


Segundo a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Júlio César de Medeiros, o grupo criminoso atuava na realização do tráfico de drogas, sobretudo em Cruzeiro do Sul, tanto que, durante as investigações da PF, foram apreendidos quase 20 quilos de entorpecentes.


Para os promotores do caso, a atuação do grupo contribuiu para o aumento da violência tanto na região como em todo o estado, visto que fomentava outros delitos, como crimes contra o patrimônio e homicídios, além da dedicada atuação no tráfico.


Embora os réus tenham sido condenados, o promotor Ildon Maximiano Peres Neto, que também é membro do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vai recorrer das sentenças visando aumentar as penas. “Os réus receberam a devida condenação. A expectativa, porém, é que as penas possam ser aumentadas para corresponder à precisa reprovabilidade das condutas praticadas”, pontuou o promotor.


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