A manifestação dos servidores estaduais da educação foi realizada na manhã desta sexta-feira,14, em forma de carreata. Os trabalhadores saíram da cabeceira da ponte da União e percorreram diversas ruas de Cruzeiro do Sul, para demonstrar a insatisfação com as suas atuais condições de trabalho.
A categoria reivindica a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e o reajuste no piso salarial. Eles decidiram decretar o estado de greve após uma assembleia geral feita na sexta-feira (7).
Com a paralisação da categoria, o ano letivo 2021 ainda não iniciou na maioria das escolas públicas do Acre. A previsão era de que as aulas começassem na segunda-feira (10) para cerca de 148 mil alunos de forma remota, mas, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), 90% das escolas aderiram ao movimento.
A Secretaria Estadual de Educação (SEE) informou que foi feita uma reunião na tarde dessa quarta-feira (12) entre a pasta, a Secretaria de Planejamento e Gestão do Acre (Seplag), a Casa Civil e os três sindicatos ligados à Educação para discutir a situação.
A secretaria disse que vai ser elaborada a proposta do governo pela equipe e fechada com o governador e que, em seguida, será apresentada à categoria no início da próxima semana.
“A gente espera que esse diálogo possa avançar. Porque nós estamos há mais de dois anos tentando essa conversa, no entanto, até o momento, nada havia avançado no ponto de vista das negociações. Nós acreditamos e apostamos no diálogo e esperamos que o governo possa se sensibilizar com a realidade que passa nossa categoria, onde tudo aumentou, a inflação, menos o salário do nosso servidor”, destacou o presidente do Sinteac em Cruzeiro do Sul, Edvaldo Gomes.