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Casos de dengue reduzem mais de 80% em três meses em Cruzeiro do sul, diz Saúde

Foto: Reprodução

A Vigilância Entomológica de Cruzeiro do Sul registrou uma redução de 80,5% nos casos de dengue nos três primeiros meses do ano. Em 2020, os meses de janeiro, fevereiro e março somaram 1.869 registros de dengue no município, já no mesmo período de 2021 são 364 casos.


Para reforçar ainda mais essa redução, um mutirão de limpeza foi lançado na cidade. O município sofre com casos de dengue desde 2014, quando foi registrado o primeiro caso da doença. Em 2020, mais da metade dos casos da doença registrados em todo o Acre estavam em Cruzeiro do Sul.


Leonisio Messias, coordenador da Vigilância Entomológica, diz que de janeiro a março a redução foi graças ao empenho dos profissionais e a ajuda da população. “Tivemos no período de avaliação uma redução tanto em casos de dengue como nos de malária. Em relação à dengue foram 1.869 em 2020 e 364 em 2021ainda passando pelo período sazonal.”


Mesmo assim, o coordenador pede que a população continue trabalhando junto com as equipes que estão nas ruas.


“Pedimos a colaboração da população, uma aliada que pode fazer a diferença no combate a essas doenças. A população vem colaborando muito e essa parceria entre saúde, população e outras instituições só vem a colaborar para que esses dados diminuam.”


O prefeito da cidade, Zequinha Lima, fala que o município criou um programa chamado Cidade Limpa para tentar reduzir os casos de dengue e malária.


“Envolvemos os agentes e os moradores. Os moradores entravam com a colaboração e a nossa equipe com a limpeza, fazendo o trabalho de recolhimento. Nossos agentes estavam dia a dia nas casas orientando os moradores e as pessoas entenderam que a melhor coisa que tinha que fazer naquele momento era seguir as orientações dos nossos agentes”, complementa.


Malária

Em relação aos casos de malária, a redução em comparação aos três primeiros meses de 2020 com 2021 foi de 18,3%. No ano passado eram 1.536 e esse ano os números caíram para 1.254.


Aliado ao trabalho de limpeza está a atuação dos agentes de endemias que saem todos os dias de casa em casa conversando com os moradores de áreas endêmicas sobre os cuidados que precisam ser tomados e fazendo a coleta de lâminas.


A dona de casa Maria das Dores, moradora do Conjunto Paraíso, conta que já pegou malária várias vezes e que sempre que pode faz o exame. “Esse mês já veio um rapaz e eu fiz o exame, já peguei malária muitas vezes, não sei quantas vezes peguei. Também já tive dengue e Covid, já peguei tudo.”


O bairro Igarapé Preto é um dos locais com alto índice de infestação do mosquito da malária. Na unidade básica de saúde da área, a procura de atendimento por pacientes com sintomas da doença caiu. Mesmo assim, a média se mantém em 15 atendimentos por dia.


Everton Rodrigues, supervisor da área, diz que a Covid-19 atrapalhou um pouco o trabalho dos agentes, pois as pessoas estão com medo de deixar os trabalhadores entrarem nas casas.


“Estamos com agentes em campo reforçando o atendimento, porque com o período da Covid não está fácil, essa pandemia nos prejudicou bastante, a questão das coletas caiu porque não estamos conseguindo ser recebidos nas casas por medo da população. Sempre estamos fazendo coletas, conversando com os moradores para que possam melhorar e colocar a limpeza de suas casas como rotina, que influencia não somente na malária, mas também na dengue”, alerta.


Além da dengue e a malária, a cidade enfrenta o alto número de casos de Covid-19. De acordo com o boletim da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), divulgado neste domingo (18), Cruzeiro do Sul tem 7.109 casos de Covid e 140 óbitos pela doença. Em todo o estado há 75.405 infectados e 1.418 pessoas já perderam a vida para o novo coronavírus.


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