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Trio acusado de matar cunhados tem júri popular marcado para dezembro em Rio Branco


Fernando Silva e Cristina Reis estavam em frente de casa quando foram assassinados — Foto: Arquivo pessoal


Os três acusados de participação namorte dos cunhados Fernando Nascimento da Silva e Cristina Reis de Souza, ambos de 18 anos, em janeiro do ano passado, tiveram o júri popular marcado para a próxima quarta-feira (2). O julgamento ocorre na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.


O crime ocorreu no dia 25 de janeiro na Rua do Futuro, bairro Taquari, em Rio Branco. As vítimas estavam em frente a uma casa quando os criminosos passaram atirando.


Conforme o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), o júri está marcado para começar às 8 horas e, ao todo, nove testemunhas devem ser ouvidas, além dos três réus.


Entre os acusados estão Everton de Assis Melo, Gabriel de Souza Lima e Gilsicley Ferreira Monteiro. Além do duplo homicídio, eles são acusados dos crimes de tentativa de homicídio, roubo, sequestro e Monteiro também por porte de entorpecente.


Além dos dois mortos, duas pessoas ficaram feridas no dia do crime, entre elas a mulher de Silva e irmã de Cristina, e um adolescente de 13 anos.


Na fuga, os criminosos trocaram de carro e fizeram uma família refém. Três foram presos pela Polícia Militar do Acre (PM-AC), na BR-364, região da Terceira Ponte da capital acreana, e um conseguiu fugir.


Em reportagem publicada em julho deste ano, quando o trio foi pronunciado, a advogada dos réus Gabriel Lima e Gilsicley Monteiro, Larissa Leal preferiu não comentar sobre a defesa dos clientes e deixar para o dia do julgamento.


Já advogada de Everton Melo, Viviane Nascimento disse que ele confessa ter participado do roubo do veículo, mas nega os demais crimes que foi denunciado.


Nesta sexta-feira (27), o G1 não conseguiu contato com nenhuma das advogadas até última atualização desta reportagem.


Com o trio, a PM-AC apreendeu quatro armas de fogo, sendo uma pistola nove milímetros de uso restrito das polícias. Aparelhos celulares e drogas também foram encontrados com os suspeitos.


Na decisão de pronúncia, a juíza determinou que os três réus devem permanecer presos e negou o direito de recorrerem em liberdade.


Ligação com outro homicídio


O assassinato de Cristina teria ligação com um outro crime ocorrido em fevereiro de 2018, quando três pessoas morreram e uma ficou ferida no Conjunto Novo Horizonte, bairro Floresta. A jovem era testemunha do crime .


Entre as vítimas do triplo homicídio estão os jovens Luana Aragão, de 21 anos, Rafaella Santos, de 17, e Renan Barbosa, de 20.


Em reportagem publicada no dia 1º de maio de 2019, o assistente de acusação, advogado Armysson Lee, revelou que a família de uma das vítimas estava sendo ameaçada e Cristina, que estava na casa onde ocorreu o triplo homicídio e era testemunha no processo, foi assassinada.


Sobre essa relação entre os crimes, a advogada Viviane disse que, embora a família da vítima Cristina tenha citado o caso, o fato não foi vinculado ao processo nem na denúncia do Ministério Público contra o trio e nem na decisão de pronúncia da juíza.


“Na verdade, a defesa entende que não guarda nenhum tipo de relação, até porque, segundo consta na denúncia, seria uma guerra de facção o contexto. Quem suscitou essa hipótese foi a família e o assistente de acusação. Mas, quem acusa é o próprio Ministério Público e este, nesse processo, não suscita essa situação”, afirmou a advogada.


Após 13 horas de julgamento, Mateus Mendonça da Costa, Luiz Fernando da Costa Cruz e Lucas Freire de Lima,acusados da morte dos três jovens foram condenados a mais de 210 anos. Cada réu levou uma pena de 71 anos, sete meses e seis dias e não vão ter direito de recorrer em liberdade.


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