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Preso com carro oficial carregado de material de pintura é investigado em esquema com funcionária fantasma no AC

O ex-chefe de Recursos Humanos (RH) da Secretaria de Saúde de Sena Madureira, interior do Acre, preso em janeiro com o carro oficial carregado de material de construção, é investigado por peculato, associação criminosa e falsidade ideológica.


É que, segundo a Polícia Civil, o ex-servidor teria recebido dinheiro de uma funcionária fantasma de uma empresa que presta serviço para a secretaria. A mulher foi contratada pela empresa e quando recebia o salário repassava todo o dinheiro para o suspeito.


O esquema teria iniciado em maio do ano passado. Antes de ser preso em janeiro, o ex-servidor já era investigado pela polícia pelo esquema. Além disso, um grupo de vereadores da cidade procurou a polícia para denunciar o caso.


“Recebi a denúncia de um esquema de funcionário fantasma movimentado por essa pessoa. Uma empresa que presta serviço para a prefeitura pagava essa mulher, mas ela nunca chegou a prestar o serviço. Ele recrutou ela e no final mês quando recebia repassava para ele”, afirmou o delegado responsável pelo caso caso, Marcos Frank.


Ao G1, o ex-secretário de Saúde do município, Daniel Herculano, afirmou que o suspeito foi exonerado do cargo ainda na época da prisão.


A nova gestora da Saúde, Nildete Lira, contou que assumiu o cargo recentemente e que não tem detalhes da situação, mas tem conhecimento de que o servidor não trabalha mais na pasta.


A reportagem não conseguiu contato com os representantes da empresa envolvida.


Esquema


Ainda segundo a polícia, a funcionária fantasma ganhava a quantia de R$ 20 para participar do esquema e ceder a documentação. Ela já foi ouvida pela polícia e detalhou como tudo funcionava.


“Estou esperando alguns detalhes da situação bancária dele. O esquema não era na secretaria de saúde, mas com o funcionário, que pegou o RG e CPF da mulher e ficou recebendo o dinheiro. Pedi a prisão dele na época, mas o juiz entendeu que não era o momento e substituiu por algumas medidas cautelares, entre elas afastamento do cargo”, frisou Frank.


A polícia também deve ouvir os representantes da empresa. As investigações apontam que a mulher, em fevereiro, desistiu de passar o dinheiro para o suspeito.


“Ele, então, passou a ameaçar ela. O esquema acontece desde maio de 2019. O processo estava em segredo de Justiça, mas mês passado foi quebrado o segredo. Ficou evidenciado que ela recebia o dinheiro, temos os extratos bancários. Pedimos a quebra de sigilo dela e da empresa”, destacou.


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