As chances da Copa do Mundo Feminina serem disputadas no Brasil em 2023 foram definitivamente sepultadas. Em nota nesta segunda-feira (8), a CBF anunciou que decidiu retirar a candidatura “após uma minuciosa avaliação” e manifestou seu apoio para que a Colômbia seja palco do Mundial.
De acordo com a entidade, uma análise da Fifa sobre a candidatura brasileira “considerou que não foram apresentadas as garantias do Governo Federal e documentos de terceiras partes, públicas e privadas, envolvidas na realização do evento”. A CBF destacou que “compreende a necessidade da Fifa de obter tais garantias e sabe que elas fazem parte do protocolo padrão da entidade internacional, sendo elemento fundamental para conferir a segurança necessária para efetiva realização de eventos deste porte”.
Além disto, frisou que o governo chegou a elaborar uma carta de apoio institucional para receber o torneio do ponto de vista estrutural. Entretanto, “ressaltou que, por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da covid-19, não seria recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas pela Fifa”.
A CBF contou que o impacto da pandemia do novo coronavírus pesou para a decisão. Além de um acúmulo de competições mundiais desde a Copa das Confederações 2013.
“Diante do momento excepcional vivido pelo país e pelo mundo, a CBF compreende a posição de cautela do Governo brasileiro, e de outros parceiros públicos e privados, que os impediu de formalizar os compromissos no prazo ou na forma exigidos”.
Linha de crédito
A CBF confirmou que permitirá uma nova medida para ajudar os clubes das Séries A e B em meio à pandemia da covid-19. Em nota oficial, a entidade destacou que os participantes das duas competições terão acesso a uma linha de crédito imediata de até R$ 115 milhões (o limite é de R$ 100 milhões para a elite e R$ 15 mi para os participantes da Segunda Divisão), a juro zero.
As quantias, que sairão integralmente do caixa da CBF, terão como garantia os valores que os clubes têm a receber em contratos de direitos de transmissão das competições e prêmios por desempenho. O objetivo é compensar parte da perda de arrecadação que cada clube teve com a redução dos valores pagos por direitos de transmissão das partidas que seriam disputadas entre abril e junho e fontes de receita como bilheterias, programa de sócio e patrocínios.