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Madrasta de jovem com fratura denuncia demora e falta de informações no atendimento do PS

Emilene Viana dos Reis, 39 anos, moradora do município de Brasiléia, procurou o ac24horas na noite desta quarta-feira, 13, para relatar que seu enteado, Cleudo Cavalcante de Araújo, 21, deu entrada no Pronto-Socorro de Rio Branco na última terça-feira, 12, por volta das 19h30, com uma fratura em um dos braços, mas que estava sob o risco de retornar para o município sem uma solução para o problema.



A madrasta do jovem diz que depois de viajar para a capital de táxi, junto com uma irmã, pois não havia ambulância disponível no Hospital Regional de Brasiléia para transportá-lo a Rio Branco, Cleudo se encontrava desde a sua chegada no Pronto-Socorro sem conseguir ser atendido por um especialista da área de ortopedia na unidade de urgências e emergências da capital. Ela reclamou da total falta de informações sobre a situação do paciente.
Cleudo quebrou o braço, segundo Emilene, após ter caído do telhado da residência da família quando fazia um reparo na cobertura. Ela diz que a única informação fornecida pelo PS depois da chegada do rapaz foi a de que, possivelmente, não iria haver médico para o atender, pois um dos ortopedistas estaria de férias e outro não havia encontrado.


Assim, o paciente seria liberado na manhã de desta quinta-feira, 14, para retornar a Brasiléia sem nenhuma solução para o problema de saúde e aguardar o agendamento de uma outra data para que a cirurgia seja realizada. Emilene disse que a situação era de extrema dificuldade para a família e pediu do Pronto-Socorro uma solução mais rápida para o problema do jovem.
“Estamos muito aflitos com essa possibilidade de ele ter que retornar com o braço quebrado sem que se saiba quando vai poder voltar a ser atendido. Por isso, pedimos a ajuda de vocês, se puderem divulgar essa informação com o objetivo de que eles consigam providenciar um médico para que ele seja atendido, pedindo a Deus para que tudo dê certo”, apelou.
Emilene alega ainda a dificuldade para que a família aguardasse uma solução em Rio Branco, pois além da dificuldade de ter onde ficar, ela e o esposo, Cláudio Araújo, pertencem ao grupo de risco para o novo coronavírus – ela é diabética e ele hipertenso.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), Adaílton Cruz, que é enfermeiro no PS, chegou a ser contatado por Emilene, ele disse ter sido informado por ela de que o rapaz estava internado na unidade, com o braço muito inchado, mas não soube responder os motivos de os procedimentos médicos ainda não terem sido tomados.


A reportagem entrou em contato com o diretor-geral do pronto-socorro, o enfermeiro Areski Peniche, que respondeu que iria verificar a situação do jovem, mas afirmou que “a pessoa que reclamou deveria ir falar com a direção do hospital, pois o assunto é de interesse exclusivo do paciente”.
Posteriormente, conseguimos contato com a enfermeira Mônica Silvino, gerente de assistência do Pronto Socorro, que negou a afirmação de que não havia ortopedistas na unidade. Segundo ela se informou com os profissionais que estavam de serviço naquela noite, havia três médicos de plantão: “Francislei, Vinicius Magalhães e Edísio”, alguém a informou via mensagem encaminhada no WhatsApp.
A gerente disse que o paciente tem alta programada para esta quinta-feira, 14, porque já tem cirurgia programada para o dia próximo dia 25 e deve aguardar em casa, por medida preventiva ao coronavírus, cumprindo isolamento social para não correr risco de se contaminar.
“Não temos como antecipar a cirurgia e furar a fila entende? São programadas as cirurgias”, explicou.
O ac24horas voltou a falar com a madrasta de Cleudo, dona Emilene, que afirmou que até acionar a redação do site, nenhuma das informações prestadas à reportagem havia chegado à família, que estava aflita com a falta de comunicação e com a incerteza do que poderia vir a acontecer com o enteado.


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