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Mulheres morrem com suspeita de Covid-19 na capital, e dificuldade de atendimento e falta de testes acendem alerta no Acre

Nos últimos dias, a equipe de reportagem do Ecos da Notícia acompanhou casos envolvendo a morte de duas mulheres na região da Baixada da Sobral, em Rio Branco. Elas estavam com suspeita de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e morreram sem constatar se estavam infectadas.


A primeira vítima que morreu apresentando os sintomas de coronavírus na Rua Tucano, no Bairro Plácido de Castro. A mulher aparentava ter acima de 50 anos e faleceu dentro de um apartamento. Segundo informações de vizinhos, a mulher foi a UPA do Segundo Distrito de Rio Branco por diversas vezes, mas não conseguiu atendimento.


Ao “desmaiar” dentro da residência, os vizinhos acionaram o serviço de atendimento móvel de Urgência (Samu) para ajudar a mulher, mas no local, os socorristas perceberam que a paciente já estava sem sinais vitais, sendo necessário acionar a ambulância de suporte avançado para atestar o óbito.


O doutor Castro, ao se deparar com a situação da mulher, rapidamente solicitou a equipe de epidemiologia do estado para que uma intervenção rápida fosse feita no local, para resguardar os demais moradores do “quarteirão” e colocá-los em quarentena também com suspeita de coronavírus.


Já no segundo caso, a vítima foi uma funcionária pública de 37 anos, que morreu sem fazer exames e constatar se foi infectada pelo coronavírus. Moradora do Bairro Bahia Nova, a mulher sentiu todos os sintomas do Covid-19, mas ao ver diariamente pela mídia a dificuldade em fazer o teste na UPA do Segundo Distrito, desistiu de realizar o exame.


A família da funcionária conta que ainda tentou levá-la a uma clínica particular para fazer o exame, pois a vítima apresentava todos os sintomas, como febre alta, tosse, falta de ar, perda do apetite, dor no corpo e coriza. A mulher ainda chegou a sair de casa, mas dentro do carro, quando acabou sofrendo uma parada cardíaca e foi encaminhada às pressas para a UPA da Baixada. mas já deu entrada em óbito.


Os familiares revoltados reclamam do colapso que se tornou a saúde pública do Acre.


Também no pronto-socorro de Rio Branco, quase todos os dias, corpos de pessoas com Covid-19 dão entrada no necrotério do hospital (Foto: Reprodução)

Falta de reagentes

Uma fonte informou ao Ecos da Notícia que a situação da Saúde do Acre está tão crítica que não existem mais reagentes para a realização dos testes de Covid-19 em pacientes com suspeita da doença.


Por isso ocorrem os atrasos na entrega de exames, dificultando assim um diagnóstico rápido da doença, a comprovação de uma possível cura e abrindo margens para ter mais mortes.


Além disso, a falta de testes pode estar impactando no número de novos casos divulgados diariamente. Nesta sexta-feira (15), 45 novos casos foram confirmados, segundo a Secretaria de Sáude do Acre (Sesacre), mas a UPA do Segundo Distrito tem recebido muitos pacientes com sintomas de Codiv-19.


Realização de exames de Covid-19 (Foto: Ithamar Souza)

Falta de teste rápido para o Samu

Funcionários do Samu também informaram ao site que a Secretária Estadual de Saúde está sendo negligente com os profissionais que estão na linha de frente do combate do Covid-19.


Os “testes rápidos” também não são tão rápidos assim. Levam muitos dias para que uma pessoa que apresentou os sintomas do coronavírus na equipe do Samu possa realizar esse teste em uma unidade de saúde que o realiza em Rio Branco.


Os profissionais reclamam porque, até o momento, 6 funcionários do órgão estão possivelmente infectados, mas estão desenvolvendo suas atividades normalmente, podendo até contaminar o restante da equipe, como também os pacientes dentro das ambulâncias, ou pacientes que muitas vezes estão dentro das residências em isolamento, mas que acionaram o serviço apenas para outros casos.


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