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Suspeitos de matar e queimar motorista de aplicativo são pronunciados a júri popular no AC

Um dos réus, Sávio Jó da Silva Lima, está preso desde o início de maio deste ano. Decisão ainda cabe recurso até a possível marcação da data do júri.

Os quatro suspeitos de envolvimento na morte do motorista de Uber Arthur da Silva Melo, de 26 anos, na Estrada do Quixadá, em Rio Branco, em abril de 2018, foram pronunciados a júri popular por decisão da 1ª Vara do Tribunal do Júri.


A decisão permite recurso das defesas para que o júri não aconteça ou para retirada de algum réu do rol de pronunciados. Entre os réus estão Sávio Jó Lima, Sidney da Silva, Iara Soares Mendes e Kennedy dos Santos.


motorista levou um tiro na cabeça antes de ser queimado dentro do carro. Segundo o delegado responsável pelo caso, Cristiano Bastos, a vítima foi queimada ainda quando estava viva.


Sávio Lima estava foragido e foi preso no início de maio deste ano quando tentava sair de Rio Branco com droga. De acordo com o delegado, ele contou com a ajuda do irmão, Sidney Silva, e da namorada, Iara Mendes, na execução do crime e de um terceiro, Kennedy dos Santos, que dirigiu o carro.


Sávio Lima estava foragido e foi preso no início de maio deste ano quando tentava sair de Rio Branco com droga — Foto: Divulgação PC/ACSávio Lima estava foragido e foi preso no início de maio deste ano quando tentava sair de Rio Branco com droga — Foto: Divulgação PC/AC

Sávio Lima estava foragido e foi preso no início de maio deste ano quando tentava sair de Rio Branco com droga — Foto: Divulgação PC/AC


Defesas

O advogado de Santos, João Guimarães, afirmou que não vai recorrer da pronúncia e disse que acredita que seu cliente vai ser inocentado durante o júri popular. Segundo ele, Santos foi ao local para dirigir o veículo sob ameaça de Silva, que não sabia dirigir.


“O Kennedy foi mediante ameaça, porque só ele sabia dirigir o carro. Ele conhecia o Sávio desde criança. Esse rapaz ligou para ele de madrugada pedindo que ele fosse encontrá-lo e, quando chegou ao local, se deparou com a situação, disse que não iria fazer nada e ia voltar para casa. Mas, foi ameaçado pelo Sávio que estava armado. Por isso, eu não vou recorrer da pronúncia, estamos tranquilos”, disse o advogado.


Já o advogado de Sidney Silva, Silvano Santiago, afirmou que vai recorrer. “Na minha ótica, ele não mereceria entrar nesse rol de pessoas acusadas diretamente pelo homicídio. Então, é bem provável que eu faça um recurso em sentido estrito, para retirá-lo do rol de pronunciados”, disse. O G1 não conseguiu contato com as defesas dos demais citados.


Na decisão, a Justiça pronuncia Silva, Lima e Iara pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Já o réu Kennedy dos Santos foi pronunciado por ocultação de cadáver.


Conforme o TJ-AC, foi indeferido o direito de Lima recorrer em liberdade, já os demais réus vão ficar soltos até o final do processo.


Carro foi encontrado queimado na Estrada do Quixadá por uma moradora  — Foto: Lidson Almeida/Rede Amazônica Acre

Carro foi encontrado queimado na Estrada do Quixadá por uma moradora — Foto: Lidson Almeida/Rede Amazônica Acre


Crime

O crime ocorreu dentro da residência do motorista de aplicativo de transporte, segundo o delegado responsável pelo caso.


Ainda conforme Cristiano Bastos, Sávio Lima acreditava que o motorista levava informações para uma organização criminosa rival da qual ele pertence e, por isso, ele decidiu executar a vítima e efetuou um disparo na nuca.


Ao chegar na estrada do Quixadá, os suspeitos atearam fogo no veículo e mataram a vítima carbonizada. Isso porque, de acordo com o delegado, nesse momento ela ainda respirava. Uma moradora da Estrada do Quixadá, em Rio Branco, acionou a polícia após encontrar o carro queimado.


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