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Contrariando o governo, facção invade território de outra e faz 4 vítimas em Rio Branco

Rua principal da Sapolândia/Foto: Marcos Dione

Enquanto o governador Tião Viana (PT) e seus secretários insistem em afirmar través da mídia oficial que a violência no Estado do Acre está controlada, membros de facções criminosas seguem tocando o terror e a cada dia fazendo mais inocentes vítimas, tanto na capital como nos municípios do interior. Apenas na noite de quinta-feira (7), duas pessoas foram mortas e outras duas foram baleadas em Rio Branco.


A ousadia dos criminosos é tamanha, que relatos de moradores, confirmados pela polícia, dão conta de que um grupo com ao menos 20 homens fortemente armados saíram de um matagal na região conhecida como “Sapolândia” à caça do líder de uma facção que reside no bairro. Como o alvo não foi encontrado, eles fizeram refém um homem o qual levaram para um local não sabido e sob tortura ele revelou o paradeiro do procurado.


Vítimas fatais/Fotos: Marcos Dione

Ao retornarem, o grupo promoveu um intenso tiroteio, onde o deficiente mental identificado como Cleuvis de Souza Silva, 33 anos, acabou ferido com um tiro no peito. Ele foi socorrido e levado ao Pronto Socorro, mas não resistiu e morreu minutos depois.  Uma hora depois, na Rua Hélio Melo, eles mataram José Magalhães da Silva, 33 anos, executado com dois tiros dentro da casa onde morava com a irmã.


Na frente da residência onde José foi morto, o estudante de engenharia Eduardo Lima, 24 anos, foi torturado e baleado com um tiro no tórax. O jovem correu e conseguiu escapar de também ser assassinado se escondendo em um matagal. A polícia informou que na mesma ocorrência uma outra pessoa foi ferida a tiros e encaminhada para atendimento no hospital, totalizando uma vítima fatal e duas feridas.


Estudante baleado/Foto: Marcos Dione

A reportagem do Ecos da Notícia esteve no local onde aconteceram os crimes e, em conversa com os policiais militares apurou que a casa atacada pelo grupo foi alvejada com mais de 30 disparos de armas de fogo de grosso calibre. O que chamou atenção até mesmo da polícia, foi o fato de os criminosos não terem usado veículos para praticarem o ataque, chegaram ao bairro à pé e fugiram da mesma forma.


Agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informaram à nossa reportagem que populares relataram que tanto o estudante como também o homem morto dentro de casa, assim como o deficiente mental, não tinham nenhum envolvimento com facções, eram pessoas tranquilas e de bom convívio no bairro. Com isso, cai por terra o discurso de que é somente criminosos se matando entre si.


TRABALHO DA POLÍCIA


Equipes das polícias Civil e Militar/Foto: Marcos Dione

Guarnições da Polícia Militar, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), e agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), se espalharam pelas proximidades da Sapolândia em busca de encontrar algum suspeito, mas ninguém foi preso. Os casos somam-se aos que são investigação pela Polícia Civil. Nesta sexta-feira (8), o delegado responsável pelos inquéritos deve falar com a imprensa.


A invasão seria uma tentativa de uma facção criminosa tomar de vez  o controle do tráfico de entorpecentes, armas de fogo e até de pessoas naquela região. Os corpos dos mortos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML), onde após os procedimentos necessários serão liberados para que as famílias passam chorar a perda de um ente querido e enterrá-los. Resta saber, quantos desses entrarão para as estatísticas oficiais.


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