Criadores devem registrar a imunização dos animais no Idaf-AC até o dia 30 de junho. Acre não registra casos da doença há 13 anos.
A paralisação dos caminhoneiros, que foi suspensa na última terça-feira (29) no Acre, prejudicou até a vacinação dos rebanhos em algumas regiões do país. Por isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prorrogou o prazo da campanha.
O diretor Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), Ronaldo Queiroz, diz que o órgão decidiu aderir a prorrogação. Agora, os criadores podem imunizar os bovinos e bubalinos de 0 a 24 meses até o dia 15 de junho.
“Deu um problema muito sério, então foi pedido por 14 estados que fosse prorrogado e o ministério achou melhor ampliar em todo o Brasil. O Acre estava tranquilo, não teve chuva causando problemas de ramais e os rios garantiram trafegabilidade. Porém, como abriram para todos também decidimos prorrogar”, afirma.
Os criadores ainda precisam registrar a imunização dos animais no Idaf-AC. O prazo para fazer essa declaração foi estendido até o dia 30 de junho.
“Nós temos que alcançar um valor mínimo de 95% que o Mapa exige. Então, o Acre já vinha há mais de dez anos tendo esse índice acima de 95% e essa é a nossa preocupação, por isso, é preciso declarar. Se não for declarado, mesmo vacinando, ele é multado”, destaca.
Há 13 anos sem registro da doença, o Acre é mais um dos estados que caminham para a retirada da obrigatoriedade da vacina. Essa deve ser a antepenúltima campanha na região. A última está prevista pra maio de 2019.
Os estados do Acre e Rondônia serão pioneiros na região Norte sendo os primeiros oficialmente livres da Febre Aftosa e sem vacinação. Em todo o país, somente Santa Catarina era considerada livre da doença e da vacina.
Parte do Amazonas e do Mato Grosso também devem ser incluídos na área livre de Febre Aftosa sem vacina.