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Mesmo após reunião, 157 presos completam mais de 24 horas em greve de fome no interior do Acre

Em cartas, presos denunciaram tortura e exigiram oficina de artesanato. Dois presos devem ser recebidos pelo juiz da Vara de Execuções Penais.


Os mais de 150 presos dos pavilhões D e E da unidade Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, seguem em greve de fome, que já se estende por mais de 24 horas. A direção informou que se reuniu com os detentos e foi decidido que dois deles devem ser atendidos na Vara de Execuções Penais.


O grupo tem rejeitado as marmitas desde segunda-feira (9). Na reunião, os presos reivindicaram fazer artesanato e a direção informou que todos terão acesso.


“Está em construção uma sala multiuso para aplicação de cursos profissionalizantes. A oferta é feita a todos os presos de acordo com seu comportamento”, informou Saulo Santos, diretor da unidade.


Quanto a reclamação da pouca entrada de visitantes, a direção explicou que acontece devido ao grande fluxo de materiais que são levados pelos familiares. Outra reivindicação exposta nas cartas enviadas ao Judiciário e à direção é o remanejamento dos presos para as cidades de origem.


“Alguns serão transferidos tão logo os juízes das Varas de Execuções das Comarcas aceitem o retorno dos mesmos. Quanto aos alvarás de solturas, informamos que na próxima semana será realizado um mutirão carcerário para progressão de regimes, onde vários presos pleiteiam sua liberdade”, garante.


Os presos também relatam agressões que teriam sido cometidas por agentes penitenciários. A direção informou que solicitou informações através de relatórios dos procedimentos de revistas realizados para avaliar as queixas quanto a alegação de agressões sofridas por presos.


O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que está apurando as denúncias junto ao Judiciário e unidade da direção. As marmitas rejeitadas pelos presos estão sendo doadas.


No presídio de Cruzeiro do Sul, mais de 150 presos fazem greve de fome  (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)

No presídio de Cruzeiro do Sul, mais de 150 presos fazem greve de fome (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)


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