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Após vencer câncer, menino de 9 anos raspa cabelo de calouros de medicina em trote solidário no AC

Brincadeira foi promovida por alunos de medicina da Ufac nesta quinta (12). Talisson Alves teve leucemia e participou da ação no Hospital do Câncer.


Animado e com uma máquina de cortar cabelo nas mãos, o pequeno Talisson Souza, de 9 anos, escolheu a dedo os calouros do curso de medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac) para raspar a cabeça.


A brincadeira faz parte do trote solidário promovido por alunos do segundo período do curso. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (12), no Hospital do Câncer do Acre, em Rio Branco. Os alunos trouxeram ainda lanches para os funcionários e pacientes da unidade, além de pintar os calouros.


“Ele gosta. Todo ano trago ele. Hoje a gente vem só fazer exames e quando tem essas atividades. Se diverte muito, adora quando tem gente vestida de palhaço e coisas coloridas”, conta Edileusa Alves, mãe do menino.


Grupo fez brincadeira para recepcionar os alunos do primeiro período do curso (Foto: Aline Nascimento/G1)

Grupo fez brincadeira para recepcionar os alunos do primeiro período do curso (Foto: Aline Nascimento/G1)


Admirada com o entusiasmo do filho ao passar a máquina na cabeça de um garoto, Edileusa falou sobre as dificuldades no início do tratamento. Talisson foi diagnosticado com a doença mielodisplásica em 2010.


“O caso deve foi muito difícil no começo. A médica quase não fecha o diagnóstico dele, precisou a lâmina dele ir pra fora. Sabiam que ele tinha células leucêmicas, mas não sabiam se era só o mielo”, relembrou.


A mãe diz que o filho está curado, e vem na unidade algumas vezes ao mês para fazer exames de sangue e acompanhamentos.


Surpresa

Há cinco dias no Acre, Kauan Alves, de 19 anos, veio de Natal, no Rio Grande do Norte, para estudar medicina no estado acreano. Ele disse que esperava outro tipo de trote pelos veterenos do curso.


“Não esperava algo que já envolvesse os pacientes. É um acolhimento muito bom, estou feliz de estar aqui e acho que essa tradição tem que se manter porque é muito saudável. Já mostra pro aluno um pouco da realidade da medicina”, confirmou.


Carlos Arroxelas foi um dos veteranos que se empolgou ao ver os novatos com a cabeça raspada. Ele disse que a ideia principal da brincadeira é criar profissionais humanizados para atender futuramente a sociedade em uma boa relação.


“Estamos levantando alegria e felicidade. Nossa presença para os pacientes e aos funcionários também. Nosso objetivo é quebrar os trotes violentos. Nossa missão é construir um futuro melhor para nosso país com médicos humanizados”, apontou.


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