O coordenador do Ciops, coronel Eudemir Bezerra, explica que o número de trotes corresponde a 4,37% das chamadas totais.
As ligações de falsas ocorrências estão atrapalhando o trabalho de policiais, bombeiros e equipes do Samu, em Rio Branco. De janeiro a novembro de 2017, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) registrou 21.472 mil trotes, na capital.
O coordenador do Ciops, coronel Eudemir Bezerra, explica que o número de trotes corresponde a 4,37% das chamadas totais e também significa um aumento de 1% quando comparado com 2016. Segundo Bezerra, os trotes dificultam o serviço das equipes.
“Isso traz transtornos para o nosso trabalho. É um tempo que, infelizmente, a gente perde e ainda desperdiça os recursos, porque é colocado toda uma estrutura para atender um serviço que, no final, não existe, e ainda atrapalha nos serviços necessários à população”, ressalta.
Para evitar que os trotes sejam repassados para as equipes de atendimento, o coordenador explica que as chamadas passam por dois níveis de checagem: primeiro passam pelo atendimento com a equipe do Ciosp e, em seguida, as chamadas são analisadas pelas equipes militares ou de saúde que receberem o chamado.
O coordenador explica ainda que as equipes formularam o perfil das pessoas que passam os trotes e, segundo ele, quem passa informação falsa pode ser encontrado pela polícia e pode ser multado, conforme a gravidade do caso.
“Nós temos o perfil dessas pessoas e também todas as nossas chamadas são gravadas. Elas estão sujeitas a ações penais que podem variar para onde foi feita a chamada. Se o pedido de falso socorro foi para os bombeiros, a penalidade é maior”, exemplifica.
Bezerra ressalta ainda que em novembro passado foi implantado um novo sistema de registro de chamadas. Segundo o coordenador, o Centro de Atendimento e Despacho (CAD) é interligado ao Sistema Nacional de Segurança Pública (Sinesp) e vai facilitar na hora de conferir informações em todo o país.