Grupo de amigos procurou Hemoacre na quarta (24) e nesta sexta-feira (26) para doar sangue para um amigo. Saúde reconheceu problema e garantiu que sistema foi restabelecido.
Uma situação inesperada surpreendeu o vigilante Moisés Lira, de 37 anos, e mais três amigos nesta semana. Ao tentar fazer uma doação de sangue no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) para ajudar um amigo, o grupo foi impedido pela falta de sistema na sede do hemocentro.
A ocasião se repetiu por duas vezes, a primeira na quarta-feira (24) e a segunda nesta sexta-feira (26).
Ao G1, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por meio da assessoria de comunicação, reconheceu que o Hemoacre ficou sem sistema por alguns dias. Segundo o órgão, uma falha técnica foi responsável por derrubar todo o sistema informatizado do centro.
A pasta afirmou ainda que o sistema já foi reestabelecido nesta sexta (26) e que as doações podem ser feitas normalmente.
Lira afirma que na primeira tentativa os funcionários do Hemoacre informaram que o sistema não estava funcionando e, devido a isso, não seria possível fazer o procedimento. Segundo ele, a orientação dada pelos servidores foi voltar no dia seguinte, quinta-feira (25), previsão dada para o retorno do sistema. O vigilante reuniu os amigos novamente nesta sexta e a situação foi a mesma.
“Eles pegaram meu nome e os das pessoas que estavam comigo para entrar em contato quando o sistema voltasse, mas não deram previsão. Eles não explicaram o porquê do sistema ter caído, somente informaram. A gente se sente constrangido com isso. Vamos doar sangue, que é um ato de solidariedade e amor ao próximo, chegar e não poder fazer é frustrante e triste”, reclama Lira.
O vigilante explica que o amigo está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco desde o último domingo (21).
Por ele precisar de quatro bolsas diárias de sangue, Lira reuniu os amigos para ajudar o colega internado. A situação do homem é delicada e o amigo afirma que ele precisava das bolsas com urgência.
“Eu não tenho carro, tive que pegar um emprestado para ir no Hemoacre. A situação de se deslocar para fazer um ato de bondade e não poder é realmente muito triste. Reuni meus três amigos para praticamente nada. Agora, vou poder ir lá somente na segunda-feira [29] porque estou trabalhando e vou ter tempo livre somente nesse dia. É algo que deixa a gente triste”, finaliza o vigilante.