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Moradores fecham rodovia após ocuparem casas de conjunto habitacional em Rio Branco

Moradores tentaram ocupar casas do Conjunto Habitacional Andirá, nesta segunda (11). Sehab afirmou que vai entrar com reintegração de posse na PGE para evitar invasões.


Um grupo de moradores fechou a rodovia AC-10, em Rio Branco, no final da manhã desta segunda-feira (11) em busca de casas para morar. O protesto iniciou após o grupo tentar ocupar as casas do Conjunto Habitacional Andirá, que faz parte do Programa Minha Casa Minha Vida. O residencial é um dos que está em reforma devido ao vandalismo.


Os moradores alegam que foram expulsos das casas e prometem ficar na rodovia até um representante da Secretaria de Habilitação do Acre (Sehab) aparecer no local. A Polícia Militar do Acre está no local para auxiliar na manifestação.


Ao G1, a secretária de Habitação do Acre, Janaína Guedes, falou que vai entrar com reintegração de posse junto à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para evitar invasões no local. Ela acrescentou que o chefe do setor de Fiscalização deve ir ao local para conversar com os moradores, mas negou que a representante tenha agredido as pessoas.


“Mandei a Cris lá e não é nem do perfil dela agredir alguém. Conversamos com eles, fomos com a ajuda da Polícia Militar, e fomos informar que parte do Andirá está em obras e a outra parte está em licitação para ser reformada. O fato deles estarem reformando ou fazendo alguma alteração nas casas não dá o direito de ficarem ali”, ressaltou.


A secretária falou também que já selecionou as famílias que devem ocupar as casas do residencial. Essas famílias devem ser levadas para o conjunto ao fim da reforma, mas não detalhou quando as obras devem ser concluídas.


“Essa obra é nossa e com certeza vamos estar reintegrando. Entendemos a situação deles que não tem casa, mas infelizmente essas pessoas que estão invadindo essas casas temos informações que são parte de uma indústria de invasão que se formou, não só aqui no Acre, mas no Brasil todo e o poder público é alvo deles”, disse.


Moradores prometem ficar no local até outro representante da Sehab aparecer para conversar (Foto: Aline Nascimento/G1)

Moradores prometem ficar no local até outro representante da Sehab aparecer para conversar (Foto: Aline Nascimento/G1)


A dona de casa Kesylla Vitória Alves, de 19 anos, diz que a maioria dos manifestantes possuem cadastro na Sehab, mas até o momento ninguém foi contemplado com uma residência. Ela falou ainda todos moram de aluguel.


“Queremos uma morada porque ali está abandonado há mais de 10 anos e está servindo para usarem drogas e o que não presta. Não é melhor ter alguém que precisa morando lá do que ficar abandonado? Fomos lá para negociar, mas uma moça disse que já estão vendida as casas e eu disse que se for preciso a gente paga, só queremos negociar. Roubaram as coisas de lá, estamos gastando do nosso dinheiro para comprar telha que não tem”, explicou.


Kesylla contou que uma representante da Sehab foi até o local, mas a conversa acabou em agressão. “Queremos respostas. Em época de eleição estão todos na nossa porta pedindo voto e não dão uma morada para gente. Aquilo foi construído com nosso dinheiro”, confirmou.


O autônomo João Carvalho, de 35 anos, afirmou que está inscrito para o sorteio de uma casa popular desde 2009. Ele negou que o grupo tenha invadido o residencial.


“Não me escrevi de novo porque não tem mais papel para isso. Inscrevem a gente e não dão casa. Moro de favor com meu sogro. Estamos reivindicando o direito de todo mundo. Não invadimos, tomamos posse do que é nosso. Isso é dinheiro público. Tomamos posse do nosso dinheiro que foi tomado por outros”, finalizou.


Trânsito ficou parado com protesto de moradores (Foto: Aline Nascimento/G1)

Trânsito ficou parado com protesto de moradores (Foto: Aline Nascimento/G1)


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