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Com alto-falante no teto do carro, taxista faz propaganda e telemensagem em Cruzeiro do Sul

Entre uma corrida e outra, Mazinho da Propaganda anuncia festas, divulga lojas e faz telemensagens. ‘Na hora que faço propaganda, não faço corrida’, diz.


Osmarino de Souza Lima. Esse é o nome de batismo do taxista mais conhecido em Cruzeiro do Sul por Mazinho da Propaganda. Há quase 40 anos, ele exerce as duas funções. Entre uma corrida e outra, ele faz propaganda e telemensagens que são anunciadas por alto-falantes instalados no teto do carro.


Aos 59 anos de idade, Mazinho trabalha até dez horas por dia conciliando as duas atividades, que ajudam a sustentar a família.


“Em novembro completei 39 anos fazendo propaganda e dirigindo meu táxi. Com esse trabalho formei meu filho mais velho na faculdade de análises de Sistema, tenho uma moradia digna e meu carro próprio. Foi graças ao meu trabalho que consegui pagar o curso dele. Faço dois trabalhos, transporto passageiros e quando não, faço a propaganda e telemensagens”, esclarece o taxista, que é casado e tem dois filhos.


São 8 divulgações por dia, ao custo de R$ 40 a hora. Depois de passar por um transplante de rim, ele faz as divulgações com a ajuda de um pen drive. E não há critério para a propaganda, no ‘táxi-propaganda’ dele o cliente tem sempre razão.


“Na hora que faço propaganda, não faço corrida. Divulgo avisos diversos de comércios, festas, sindicatos, políticos, telemensagem e outros”, diz.


Só com o trabalho de propaganda ele fatura uma média de R$ 2 mil por mês, mas reclama da concorrência.


“Antes eu faturava mais, hoje a concorrência aumentou, mas ainda consigo uma renda de cerca de R$ 2 mil mensais com o trabalho de propaganda e telemensagem. Além disso, tem a renda como taxista”, acrescenta.


Mazinho começou a fazer propaganda na adolescência e não parou mais.


“Comecei a fazer propaganda aos 15 anos, nem dirigia carro. Vi um alto-falante num antigo cinema que anunciava os filmes e percebi que poderia ganhar dinheiro pelas ruas. Fui a uma loja e comprei um fiado”, conta.


O primeiro carro foi financiado com a ajuda de um amigo. “Tenho gratidão eterna ao senhor José Orion de Freitas. Eu não tinha carro, ele me levou numa agência bancária e disse ao gerente que financiasse um carro usado para mim, que se eu não pagasse, ele se responsabilizaria. Paguei o carro e, de lá para cá, possui vários carros, quatro zero quilômetros”, diz orgulhoso.


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