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Legalização de cassinos: ainda tem obstáculos


O projeto de legalização dos cassinos, levantando uma proibição com sete décadas e trazendo consigo o bingo e o jogo do bicho, parece ter um grande consenso na classe política. Notícias de que tem particulares já lançando edifícios para abrir casa de bingo e caça-níquel em Porto Alegre/RS parecem mostrar que todo o mundo está confiante na aprovação desse negócio. Mas também tem vozes contra, que certamente não irão desaparecer e deixar de mostrar sua contestação, mesmo depois de a lei ser aprovada.


Bancada evangélica


O Metro Jornal fala de uma “frente parlamentar com 260 senadores”, contando com a bancada religiosa e outros elementos, que está contra a ideia. As vozes contra colocam a questão no plano moral, que foi sempre a principal argumentação contra a existência dos cassinos e do jogo em geral, e acrescentam razões práticas. De acordo com estas opiniões, o Estado acabará gastando mais em segurança e em saúde, para contrariar os efeitos nocivos causados pelo jogo.


Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR)


A ANPR, através de seu presidente José Robalinho Cavalcanti, defende que o Brasil “não está preparado” para essa medida e que existe uma “vinculação história com o crime organizado.” Robalinho relembra todas as medidas de fiscalização necessárias durante o período de legalização do jogo do bingo, entre 2001 e 2004, e diz ainda que os valores previstos em impostos são duvidáveis e que, mesmo que estejam certos, são um argumento secundário, pois o país precisaria crescimento econômico.


Mas sua principal preocupação é a ausência de meios de fiscalização. Robalinho prevê que “milhares de estabelecimentos por todo o país” significariam milhares de oportunidades para lavagem de dinheiro. No limite, o presidente da ANPR utiliza o argumento moral, defendendo que não dá para se dizer que se vai usar o crime para combater o crime, e que o jogo de bicho pode ser tributado como o tráfico de drogas ou a prostituição.


Movimento Brasil Sem Azar


Paulo Fernando Melo, coordenador do movimento Brasil Sem Azar, é talvez o crítico mais feroz da intenção de legalização do jogo. Ele aponta que os lucros do cassinos virão de receitas desviadas de restaurantes e cinemas, que as pessoas deixarão para ir jogar; que os partidos têm pressa de aprovar essa legislação para terem uma fonte de “caixa 2”; e que aumentará o fenômeno dos “ludopatas”, com consequências sociais que serão pagas por quem não joga.


Em meio a todas essas críticas, será que a legalização do jogo pode ser invertida? Seja como for, e sabendo que o jogo responsável deve ser uma preocupação de todos, você terá sempre a internet para apostar e jogar, em plataformas como a Redbet, seja em apostas esportivas ou jogos de cassino. Por isso, talvez a questão não seja assim tão determinante.


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