Vergonha ainda faz com que alguns homens não procurem ajuda médica. Câncer de próstata é o segundo mais comum no Acre.
Apesar da campanha Novembro Azul, que lembra e conscientiza os homens sobre a importância de se fazer exames e os riscos do câncer de próstata, estar com diversas ações durante este mês, a maioria deles, por vergonha, não procuram assistência médica.
Dados da Secretaria de Saúde do Acre mostram que 21 homens morreram por câncer de próstata no estado de janeiro ao início deste mês.
O número é 60% maior do que o registrado em 2016, quando foram 13 mortes. O câncer de próstata pode trazer sequelas e não fazer exames de rotina para prevenção pode ser uma atitude fatal.
O faxineiro José Ferreira Araújo faz pate do grupo que passa longe de um consultório médico. Ele nunca fez o exame de próstata, mas sabe dos perigos do câncer. “Não é boa coisa não. Pelo que vejo falar, é um caso complicado”, comenta.
O autônomo Isaías Gomes também nunca fez qualquer tipo de exame de rotina. Ele afirma que mesmo tendo passado muito tempo sem procurar uma consulta médica, vai correr atrás do prejuízo e mudar a situação. Eu não tenho medo de descobrir algo. Acho até bom, porque se fizer o exame e descobrir alguma coisa vão fazer o tratamento”, fala consciente o homem.
No Brasil são descobertos mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata a cada ano. Desse total, 13 mil homens morreram em 2016 vitimados pela doença.
Alexsandra Araújo, fisioterapeuta pélvica, explica que é necessário que um médico urologista seja procurado regularmente. Além disso, ela lembra que quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de cura.
“Alguns sintomas [do câncer de próstata] começam a ser notados quando o homem percebe sua urina indo um jato mais fraco, mais em gotas. Esse e alguns outros sinais ao urinar mostra que tem alguma coisa errada com a próstata”, afirma.
Ela pontua que a fisioterapia pélvica acelera o processo de tratamento do câncer e auxilia o bem estar dos pacientes durante essa fase.
Para quem já passou por uma intervenção cirúrgica, é fundamental que o tratamento pós-operatório seja seguido à risca para que o resultado seja efetivo.
“Essa recuperação pode acontecer, em média, de semanas a um ano. Mas ela é mais rápida com a fisioterapia. A recuperação pode descer de um ano para até seis meses. A fisioterapia ajuda a diminuir as complicações”, finaliza a fisioterapeuta.