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Sesacre faz repasse e Hospital Santa Juliana retoma atendimentos cirúrgicos em Rio Branco

Unidade de saúde havia suspendido cirurgias por falta de pagamento do governo. Sesacre deve se posicionar sobre repasses ainda nesta sexta (20).

O Hospital Santa Juliana vai voltar a fazer atendimentos em Rio Branco após suspender as cirugias por tempo indeterminado. De acordo com o padre Jairo Coelho, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) fez um repasse à unidade na tarde de quinta-feira (19) e deve pagar o restante do débito ainda nesta sexta (20).


O total do débito da Saúde com o hospital e o valor dos repasses não foram divulgados. A Sesacre deve se posicionar, por meio de nota, ainda nesta sexta. “Eles firmaram um compromisso de repassar esse restante do valor. A partir de agora vamos retomar as cirurgias cardíacas”, afirma o padre.


Em nota assinada pelo secretário de Saúde, Gemil Junior, a chefe da Casa Civil, Márcia Regina e pelo padre Coelho, a Sesacre afirma que o impasse foi resolvido por meio do diálogo e que as partes se manifestaram e expuseram preocupações e necessidades.


“A Diocese de Rio Branco também externou o mais elevado respeito e consideração pelo relacionamento que recebe do governo do Estado e as responsabilidades sociais como o governo pratica o exercício das políticas públicas. Portanto, foi constituída uma nova agenda de relacionamento sobre o hospital”, afirma a nota.


A unidade de saúde afirmou que é a única habilitada para fazer cirurgias de alta complexidade no estado e o único filantrópico com 60% de atendimentos do SUS.


Em um documento, divulgado na quinta (19), endereçado a todas as paróquias e assinado pelo bispo Dom Joaquin Pertinez, a Diocese de Rio Branco afirmou que era inviável continuar realizando os procedimentos sem que houvesse os pagamentos do governo.


Em nota, ainda na quinta, a Saúde informou que ainda não tinha sido informada da suspensão das cirurgias. A Sesacre alegou ainda que a diocese adulterou o documento enviado para a contratação dos serviços. A Diocese respondeu que iria se posicionar apenas judicialmente.


“Especificamente, houve um fato grave: enviamos a minuta do oitavo termo aditivo ao contrato vigente apenas para que houvesse concordância ou não da parte contratada, conforme entendimento prévio. Nos causou espécie, o documento ter sido adulterado, sendo inseridos termos contratuais diferentes dos que foram enviados, sem qualquer diálogo, colocando em risco a segurança jurídica do Hospital, da Secretaria de Estado de Saúde e dos seus gestores”, destacou a nota.


Serviços suspenso

O documento, datado de quarta-feira (18), diz que as cirurgias cardíacas foram canceladas desde o dia 9 de outubro, assim como exames de cintilografia, densitometria e litotripsia. A carta do Conselho Presbiterial da Diocese de Rio Branco afirma que o “Hospital Santa Juliana não pode continuar financiando o Estado”.


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