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Pacientes têm que usar próteses de pessoas mortas

Em Cruzeiro, há dois anos Governo não envia material


O Governo do Acre não envia material para confecção de próteses, botas ortopédicas e palmilhas para os pacientes do Hospital Dermatológico de Cruzeiro do Sul há dois anos. A situação era bem diferente: o governo chegava a mandar material para dois anos de trabalho. A consequência disso é que os pacientes estão usando próteses se pessoas que morrem para poder se locomover.


Os técnicos em próteses sentem a pressão da comunidade que cobra o produto. Além da questão da quantidade e regularidade do material para confecção de próteses ortopédicas, a qualidade do material também é questionada pela comunidade.


Há relato de que um paciente que faleceu recentemente teve que ficar sem tirar o pé do tênis para que o material não se “esfarelasse”. Outro relato expõe problema em relação às meias de silicone. Uma senhora está usando a meia de silicone de uma miga que morreu porque não há mais disponível pelo Governo do Acre.


“A situação fica complicada porque esse material não pode vir via aérea. Tem que vir pela estrada porque é material inflamável”, lamenta o técnico em prótese Elusbenir Farias.


A assessoria da Secretaria de Estado de Saúde admite o problema e assegurou que semana que vem envia nova remessa de material para o Hospital Dermatológico que atende todo Vale do Juruá e os municípios do Amazonas da região.


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