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Acreano relata tensão com passagem do furacão Irma em Orlando: ‘ficamos assustados’

Leandro Rocha diz que autoridades de Orlando decretaram toque de recolher até às 18h desta segunda (11). Com medo, ele e a família compraram lanternas, água e comida.

O acreano Leandro Rocha dos Santos, de 27 anos, que está passando as férias com a família em Orlando, nos Estados Unidos, relatou os momentos de tensão e o medo que enfrentou com a passagem do furacão Irma que provocou destruição e mortes no país.


Rocha aguarda o voo de retorno para o Brasil na cidade de Orlando, mas conta que ficou dois dias na cidade de Key West, no estado da Flórida, onde foram registradas quatro mortes. Segundo ele, ao sair de Key West e chegar em Orlando ficou sabendo que as autoridades decretaram toque de recolher no local.


A passagem de Irma também deixou dez mortos em Cuba, segundo o governo do país. Além disso, ainda há riscos de fortes chuvas e enchentes continuam no sudeste dos EUA. Ao menos 6,3 milhões de pessoas saíram da Flórida e há queda de energia e falta combustível.


“Quando chegamos em Key West soubemos do furacão, mas a princípio a gente não ficou tão preocupado pois a gente não sabia da magnitude da tempestade. Só viemos entender, ou seja, cair a ficha de tudo que estava acontecendo e qual era a categoria desse furacão quando nós chegamos em Orlando e começamos a ver o noticiário local. Foi aí que ficamos assustados”, relata.



O arquiteto que mora em Rio Branco, capital acreana, conta que nunca tinham enfrentado uma situação parecida. Além disso, os noticiários locais falavam que o furacão Irma poderia atingir a cidade ainda na categoria 4, o que poderia devastar o estado. A tempestade, segundo o acreano, chegou em Orlando por volta de 21h de domingo (10), bem mais fraca do que era esperado.


“A gente que está no hotel, só conseguia identificar que estava tendo um furacão lá fora quando olhávamos pelas janelas, porque os hotéis são muito seguros. Nós tivemos todo o apoio da equipe do hotel, passaram diversos informativos para a gente sobre as medidas de segurança que deveríamos tomar”, relata.


Apesar de não chegar com uma categoria tão forte em Orlando, as autoridades locais decidiram, por precaução, decretar um toque de recolher de 19h de domingo (10) até às 18h desta segunda (11). Rocha e a família seguem confinados dentro do quarto de hotel. Segundo ele, ainda há ventos na cidade e equipes do governo fazem reparos nas ruas.


“Mediante a todas essas recomendações que a gente leu na internet e viu nos noticiários, nós tomamos as nossas precauções também. Com medo da falta de energia, compramos lanternas, água, comida, bateria para recarregar o celular, procuramos seguir todos os protocolos e graças a Deus deu tudo certo”, diz.


Devido ao furacão, o voo do acreano foi cancelado. Rocha conta que enfrentou horas em um guichê tentando remarcar as passagens e sair da cidade antes da passagem do Irma. No entanto, a atendente disse que não poderia fazer a alteração, apenas a empresa pela qual ele comprou as passagens e também que não havia vagas para o retorno antes do dia 24 deste mês.


O arquiteto conta que tentou comprar passagens de Orlando para o Panamá e depois seguir para Brasília e Rio Branco, mas não teve sucesso. Em outra tentativa, propôs comprar uma passagem de Orlando direto para o Brasil, mas a atendente informou que também não poderia fazer o encaixe no voo.


Por último, Rocha decidiu comprar uma passagem de volta para o Brasil por outra companhia aérea e o trecho mais barato que encontrou foi de Orlando para Puerto Maldonado, no Peru.


“Antes o nosso voo pousava diretamente em Rio Branco e agora precisamos chegar em Puerto Maldonado e dar um jeito de pegar um ônibus ou táxi, mas consegui vaga para sair de Orlando no dia 13. Não tinha como ficar todo esse tempo aqui [em Orlando] sem dinheiro. Temos diversos compromissos no Brasil, como trabalho, aulas e não tínhamos como ficar”, relata.


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