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Prima da vice-governadora que venceu o câncer deve ser a nova chefe do Ministério Público

Para quem olha de fora há uma plácida calmaria no Ministério Público Estadual. Mas trata-se de uma calmaria aparente. Os movimentos são intensos e densos nos bastidores. Dentro e fora do MPE. O motivo? A eleição do novo Procurador Geral de Justiça, em outubro deste ano.


Entre os procuradores, o nome mais forte é o da atual Corregedora-Geral de Justiça, Kátia Rejane, prima da vice-governadora Nazaré Araújo. Embora da mesma família, as duas tem perfis diferentes. Kátia mantém uma suposta independência, o que agrada alguns procuradores e promotores – e desagrada a outros, inclusive gente do Palácio Rio Branco


O bedelho do Tião Viana
Mas não deve ser candidata única. Há promotores se movimentando nos bastidores em busca da vaga. E nunca custa lembrar que, no final, apesar da eleição interna direta e independente, quem decide é o governador, uma vez que é o que estabelece a Constituição.
E no caso da caneta que vai indicar o próximo Procurador Geral do MPE, ela ainda será a de Tião Viana. Resta saber se ele vai interferir, ou não, no processo.


Vitória contra o câncer
Kátia Rejane, de 51 anos, venceu um câncer na medula óssea. A procuradora foi diagnosticada em dezembro de 2014, tendo iniciado o tratamento cinco meses depois no Hospital do Câncer AC Camargo, em São Paulo (SP). Os médicos receitaram uma medicação que custava à época R$ 17 mil a caixa para 28 dias. O remédio não era liberado pela Anvisa. Mais tarde, descobriu que o câncer estava associado a uma doença rara que a Medicina chama Síndrome POEMS. O transplante devia ser obrigatório e o risco de morte fez a procuradora buscar apoio espiritual no Templo de Salomão. A cirurgia foi um sucesso. Kátia Rejane tem acompanhamentos médicos de rotina e exerce suas atividades normalmente. “Foi um milagre”, disse à época.


 


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