Dois dias após o motim no presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, a situação permanece tensa na unidade. A população carcerária é de 561 presos, que eram divididos em 4 pavilhões. Porém, após o motim na terça-feira (6), a direção do presídio informou que precisou realocar mais 100 presos em dois pavilhões que já estavam superlotados.
“Os pavilhões B e E estão bastante avariados e sem nenhum preso. Eles conseguiram arrancar as portas das celas, quebraram as pedras dos beliches para retirar os ferros e produzir armas e os portões principais dos dois pavilhões estão bastante danificados. Era intenção deles quebrar estes dois portões para chegarem a área do banho de sol para ter acesso à parte onde queriam invadir. Graças ao esforço dos integrantes das forças de segurança conseguimos evitar uma situação grave”, explica o diretor da unidade, Klinger Magalhães.
Os dois pavilhões, onde aconteceu o conflito, estão desocupados e sem nenhuma possibilidade de uso. Um arquiteto do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) deve chegar até este fim de semana para fazer um levantamento dos prejuízos causados.
“Não temos tanta estrutura física e agora tivemos que realocar mais de 100 presos em prédios que já se encontravam com a capacidade estourada. Estamos fazendo o possível para garantir a segurança de todos. Para isso, reforçamos a segurança”, diz Magalhães.
Visitas suspensas
As visitas para os reeducandos dos presídios Manoel Neri e Guimarães Lima, em Cruzeiro do Sul, estão suspensas por tempo indeterminado, o que causou revolta aos familiares que se reuniram nesta sexta-feira (9) na entrada da unidade.
Agentes encontram quase 200 estoques em presídio
Em menos de 72 horas, os agentes penitenciários do Presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, realizaram uma revista na madrugada desta sexta (9) e encontram quase 100 estoques confeccionados pelos detentos. Agentes penitenciários e Policiais Militares continuam realizando buscas após o motim que ocorreu na terça-feira (6). Após motim, agentes já tinham encontrado mais de 100 estoques nas celas. Com informações Adelcimar Carvalho