José Wellington participava de festa na casa de parentes quando viu dupla agredindo um rapaz. Caso ocorreu no Ramal Caquetá, zona rural de Porto Acre.
José Wellington de Souza da Silva, de 28 anos, foi morto na madrugada de domingo (14) após defender um desconhecido que estava sendo agredido por dois homens. O caso ocorreu no Ramal Caquetá, zona rural da cidade de Porto Acre, interior do estado. Silva chegou a ser encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Branco, mas morreu devido aos ferimentos.
A família alegou ainda que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se recusou a mandar uma ambulância ao local do crime. Ao G1, o Samu negou que houve recusa e afirmou que uma pessoa ligou falando sobre o caso e contou que Silva estava sendo conduzido no carro de parentes.
O órgão ressaltou ainda que solicitou saber o percurso da viagem para mandar uma ambulância ao encontro, mas não obteve a resposta. Já em Rio Branco, a vítima foi entupada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA da sobral) e posteriormente levada pelo Samu ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
A irmã da vítima, Romilia de Souza, confirmou que quando Silva foi atingido participava de uma festa na casa de parentes. Em dado momento, o irmão saiu para comprar cerveja com os primos quando viu a agressão e foi defender o rapaz.
“Ele foi lá e a única coisa que disse foi ‘vocês são covardes estão em dois enforcando o rapaz’. Um deles [suspeito] já começou a bater nele e caiu no chão. Ele não conhecia o rapaz. Meu primo ainda viu eles enforcando o outro, tinham saído para comprar cerveja e quando voltaram tinha uma multidão e quando olharam viram que era ele [Silva]”, contou.
A irmã relembra ainda que Silva ainda chegou com vida em Rio Branco. Romilia diz também que chegou a ligar para o Samu, mas foi informada que não tinha ambulância disponível. Ela acrescentou que José Wellington foi encaminhado para a UPA do Segundo Distrito no carro de parentes.
“Liguei para o Samu e disseram que não tinha ambulância e não podiam fazer nada, que até o momento não tinham muita informação. Disseram que não iam porque não sabiam a gravidade. Eu disse que era muito grave e mesmo assim não foram. Fui para a UPA do segundo Distrito aguardar ele chegar. Não tinha médico lá e levei no meu carro para a unidade da Sobral e lá o médico disse que não podia fazer muita coisa porque ele estava tendo uma parada cardíaca. Encaminharam ele para o pronto-socorro”, relembrou.
Fonte: G1