A ex-finalista do concurso Miss Itália Gessica Notaro, 27 anos, agredida pelo ex-namorado com ácido no fim de janeiro, apareceu em público pela primeira vez desde que sofreu a agressão. A italiana participou do programa televisivo “Costanzo Show” e arrancou aplausos do público pela sua coragem e pela força apresentada.
A ex-modelo foi ao palco com o rosto ainda coberto com um lenço e ouviu do apresentador, Maurizio Costanzo, que poderia ficar com a face escondida se quisesse. No entanto, ela retirou o lenço e ouviu dezenas de gritos de “brava” do estúdio.
“Quero que ele veja o que ele fez, isso não é amor”, disse a italiana sobre o ex-namorado Jorge Edson Tavares. “Não me interessa encontrá-lo, ele não é mais nada para mim. Mas, estarei no julgamento porque quero que ele me veja. Ele precisa saber o que ele fez. Então, me sentirei no meu lugar”, acrescentou.
Tavares, que está preso desde que o caso foi revelado, sempre negou a acusação de atacar Notaro, mas seu álibi foi considerado inconsistente pela Justiça.
Durante o programa, a ex-modelo – que ainda tem uma proteção no olho esquerdo – lamentou que a Justiça não agiu antes para evitar que o crime acontecesse. Ela lembrou que a Procuradoria de Rimini chegou a decretar a prisão de Tavares por denúncias dela, de perseguição e ameaças de morte, mas um juiz de primeira instância emitiu apenas um decreto em que o ex-namorado não poderia se aproximar dela.
Meses depois, ele a atacou com ácido.
Ainda durante a entrevista com Notaro, o apresentador pediu que a produção entrasse em contato com o ministro da Justiça, Andrea Orlando, para verificar se houve erros nos procedimentos judiciais no caso da jovem.
Por telefone, Orlando afirmou que não poderia “entrar no mérito” da questão, mas que estava marcando uma audiência com Notaro para a próxima quinta-feira (27). “É a primeira vez em 30 anos que vejo um ministro encontrar uma solução imediata”, disse Costanzo. (ANSA)