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Acusado de atear fogo em colono na zona rural de Sena é condenado a 12 anos e 6 meses de prisão

Após a leitura da sentença, Umbelino Bessa foi recambiado para o presídio Evaristo de Moraes para fins de cumprimento da pena. Seu advogado de defesa disse que irá recorrer da decisão com o fito de diminuir ainda mais os anos de condenação do réu.


Durante julgamento realizado nesta segunda-feira, 27, na comarca do Fórum Desembargador Vieira Ferreira, em Sena Madureira, o braçal Umbelino Guerra Bessa, 54 anos de idade, foi condenado a uma pena de 12 anos e 6 meses de prisão. Ele sentou-se no banco dos réus acusado na morte do colono Euzimar Trindade Fernandes, 50 anos, ocorrida em fevereiro do ano passado na zona rural do município.


Umbelino estava respondendo, segundo a justiça, por homicídio triplamente qualificado, entretanto, a defesa conseguiu derrubar uma das qualificadoras que culminou na redução da pena.


Inicialmente, Umbelino Bessa foi sentenciado a 16 anos e 8 meses. Com a redução, a pena definitiva aplicada pelo juiz de direito Fábio Farias, com base na decisão dos jurados, ficou em 12 anos e 6 meses que devem ser cumpridos em regime fechado.


“Esse processo andou relativamente rápido já que o crime aconteceu no ano passado. O caso teve certa repercussão aqui em Sena Madureira, por isso, foi dado prioridade. Além da retirada da qualificadora, os jurados reconheceram uma causa também para a diminuição da pena que foi a violenta emoção logo após a provocação da vítima. Como se trata de um crime hediondo, pra ele progredir para o regime semiaberto terá que cumprir dois quintos da pena trancafiado no presídio local”, comentou o juiz Fábio Farias.


O promotor de justiça Carlos Pescador, representante do Ministério Público, disse que não vai recorrer da decisão. “Não foi uma condenação que o MP pleiteou num primeiro momento. O corpo de jurados reconheceu o privilégio e, em função disso, houve a diminuição da pena. O Ministério Público está aqui para servir a sociedade e a gente respeita que os setes jurados, representantes da sociedade, decidiram, por isso, não iremos recorrer dessa decisão”, salientou.


O CRIME


De acordo com os autos do processo, a morte de Euzimar Trindade ocorreu em fevereiro do ano passado. Euzimar e Umbelino chegaram juntos, por volta das 10 horas da manhã, em uma mercearia localizada no ramal Toco Preto, de propriedade do senhor Raimundo Nonato. Por lá, estariam ingerindo bebida alcóolica. Por volta das 4 horas da tarde, o acusado comprou 2 litros de gasolina na mercearia e teria ateado fogo na vítima após uma discussão.


Em juízo, o dono do comércio disse que socorreu a vítima utilizando peças de roupas para abafar o fogo. Mesmo assim, Euzimar Trindade teve mais de 80% do corpo queimado, sendo socorrido por terceiros e encaminhado para o hospital de Sena Madureira. Posteriormente, em face da gravidade dos ferimentos foi transferido para Rio Branco onde morreu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) quatro dias depois.


Após a leitura da sentença, Umbelino Bessa foi recambiado para o presídio Evaristo de Moraes para fins de cumprimento da pena. Seu advogado de defesa disse que irá recorrer da decisão com o fito de diminuir ainda mais os anos de condenação do réu. Com informações senaonline


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