O comerciante José Maria da Silva, de 44 anos, mostra no braço a marca deixada por um criminoso após um assalto. Após reagir, tomar a arma do assaltante e entrar em luta corporal com ele, a vítima recebeu uma mordida. Outra surpresa para o comerciante foi descobrir que a arma do criminoso era de brinquedo. O caso ocorreu nesta sexta-feira (17), na Rua Yaco, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre.
“Ele entrou e foi direto para a gaveta [onde estava o dinheiro], colocou a arma na minha cabeça, pediu que abrisse a gaveta e não falasse nada ou ele atirava. Entreguei o dinheiro que estava no caixa e meu celular. Depois ele me pediu pão. Coloquei o pão na sacola e entreguei. Ele colocou a arma na cintura. Nesse momento reagi, pulei em cima dele e consegui tomar a arma. Quando percebi que era de brinquedo joguei para longe e tentei segurar ele até a chegada de alguém”, conta.
A vítima disse que só soltou o bandido porque foi mordido no braço. “Troquei muros com ele no chão, consegui segurar, mas ele me mordeu. Não sei se foi ele ou eu que tive sorte, nunca pensei em tirar a vida de ninguém. Mas estava no meu trabalho e se soubesse que a arma era de mentira teria pego uma faca que guardo em caixa do caixa e a coisa teria sido diferente”, desabafa.
O bandido conseguiu levar ainda R$ 60 que estavam no caixa, mas deixou cair o celular da vítima. Após o susto, Silva foi à delegacia registrar o caso e pedir providências. “Fui à delegacia, registrei um boletim e entreguei a arma. Eles me pediram para fazer exame de corpo de delito. Nunca tinha visto esse cidadão. As câmaras de segurança de meu vizinho filmaram parte da situação. Espero que a polícia possa identificar e prender esse rapaz”, comenta.
O caso está sendo investigado pelo delegado Alexnaldo Batista. “A vítima deu sorte e saiu ilesa. Ainda bem que a arma era de brinquedo. Esta não é a orientação da polícia. As vítimas devem tentar de todas as maneiras não reagir. As vítimas têm que deixar esse tipo de situação ser revolvida pelos profissionais de segurança. Vamos investigar e tentar identificar o autor”, salienta. Com informações G1 Acre