No sábado (11), as forças bolivianas foram acusadas de cruzaram as fronteiras com o Acre e sem autorização legal prenderam arbitrariamente o acreano, Sebastião Nogueira do Nascimento, 33 anos. Com isso, surgiu um grande imbróglio na fronteira que culminou em protesto e até fechamento da ponte entre os dois países.
O assunto ganhou repercussão na imprensa e também na Câmara e Congresso Nacional. Membros da bancada acreana questionaram tal ação da polícia boliviana em território acreano. Ações foram formalizadas junto ao Itamarati, Ministério das Relações Exteriores e Consulado Boliviano no Brasil.
O deputado federal, Wherles Rocha (PSDB) interpelou o Ministério das Relações em busca de resposta ao ato ilegal. Um ofício foi endereçado ao então ministro José Serra, o qual pediu demissão. O caso foi tratado pelo deputado como sendo uma violação aos tratados internacionais que tratam das prisões e extradição de pessoas entre países. “Mesmo que possa ter havido algum crime praticado pelo acusado, esta não é forma legal de se proceder e fere gravemente a soberania brasileira”.
O deputado destacou não ter sido um episódio isolado, “pois as pessoas da fronteira têm vivido em constante sobressalto por conta deste tipo de ação truculenta das forças policiais da Bolívia”.
Por conta da gravidade da situação, a qual envolve ainda a integridade física de um cidadão raptado em território nacional, sem o devido processo legal, o deputado cobrou uma ação imediata do Ministério. “Ação vai demonstrar que o Brasil não tolerará mais desmandos estrangeiros em nosso território”, finalizou Rocha.
Já Leo de Brito (PT) cumpriu agenda com o embaixador da Bolívia, José Kinn. Na ocasião, foi pactuada a realização de uma cooperação entre as forças de segurança dos dois países. José anunciou a realização de uma agenda, prevista para o mês de abril, com o objetivo de reunir os dois governos e traçar melhor estratégia de atuação conjunta.
O senador Petecão (PSD/AC) relatou o problema na tribuna do Congresso Nacional. Ele disse também esperar que as autoridades brasileiras e bolivianas possam chegar a um acordo que ponha fim às restrições de passagem entre os dois países. Ele disse ser preciso convencer o presidente da Bolívia, Evo Morales, de que “o governo do Brasil não é mais o mesmo”. Com informações folhadoacre