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Professora da Ufac cria abaixo assinado para pedir que o MPE interceda em homologação de divórcio

A professora Margarete Lopes, cansada de esperar pela justiça do Acre, vem usando um sistema de petição online para solicitar ao Ministério Público do Acre (MPE-AC) que intervenha na homologação do processo do seu divorcio. A meta dela é alcançar 500 assinaturas que serão levadas ao órgão e ao governador Tião Viana (PT).


Na ficha de pedido de assinatura, a mulher faz um relato de como conheceu o ex-marido. Ela contou que o mesmo se aproveitou de sua bondade e passou a fazer dívidas em seu nome. Ela acusou o ex-companheiro de traição, a ponto de levar a amante para morar com ela em sua casa.


“Ele carregou tudo que tinha dentro de casa, só deixou um piano, e também carregou três carros, um TRITON, no valor de 140 mil reais, que ele mentia que pagava as prestações, e devia meses; um GOLF vermelho com umas dez prestações atrasadas atualmente, também no meu nome, que paguei por 3 anos e assim que acabei de pagar, ele refinanciou imediatamente, sem meu conhecimento, não me deu um tostão do dinheiro e ainda faltam 20 prestações, eu paguei vinte e faltam mais vinte, ele tem o carro em Sena Madureira, carregando a amante pro trabalho todo dia e não me devolve’, relatou.


Lopes disse que foi alvo de ‘machismo’ em delegacias e por parte de advogados. “Em 2016 (…) descobri o que é machismo em terras acreanas. Em todas as delegacias onde dei depoimento, os advogados com quem falei e outras pessoas foram unânimes em dizer: “Ele tem direito a metade de tudo” ou “Você vai ter que pagar pensão ao teu marido” ou “Foi você permitiu que ele usasse seu dinheiro”. Aos machistas de plantão e a todos os advogados que esquecem de estar lendo a letra da lei, vão olhar a jurisprudência”, escreveu.


Por fim ela suplica intervenção do MPE e pede ao governador Tião Viana que ajude a concluir o processo. “Venho suplicar ao ministério público do estado do Acre que intervenha em meu processo de divórcio, fazendo com o que juiz assine averbação e termine o assunto que está há meses parado no tribunal, porque estou doente, de licença médica há seis meses, tomando 5 medicamentos diferentes, acompanhada pelo médico Leonardo Diel, que cuida da minha saúde emocional e mental desde julho de 2016. Meses sem dormir, sem condições de estar indo dar depoimentos em juizado. já dei depoimentos em 27 de setembro e o juiz saiu de férias sem fazer nada. Atualmente, com passagem comprada, fui informada (informalmente) que a audiência será em 05 de abril de 2017. Até quando tenho que ficar sofrendo, estou insolvente, humilhada, com fama de rainha das otárias, sem poder trabalhar, afastada da Ufac (…)”, concluiu. Com informações Folha do Acre


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