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Justiça manda ex-doméstica de desembargador desocupar terreno onde mora há 12 anos. Ranzi aceita pagar R$ 30 mil em 15 parcelas

O desembargador Pedro Ranzi propôs pagar R$ 30 mil, parcelados em 15 vezes, à sua ex-doméstica, Valdecir Cavalcante Brito. A mulher, de 61 anos, foi processada pelo magistrado, que alega ser dono do imóvel onde ela mora desde 1993. Em audiência na manhã desta segunda-feira, na quarta Vara Cível, a justiça acreana considerou um documento apresentado por Ranzi, que comprovaria ser ele o legítimo proprietário do terreno, situado à Rua Abelha, no Bairro Conquista. De nada adiantaram as fartas provas levadas pela ex-doméstica – faturas de energia, do IPTU e de água, datadas dos anos 90. As duas testemunhas indicadas por dona Valdecir, vizinhos delas há mais de 10 anos, sequer puderam entrar na sala do juiz.


A ex-doméstica assinou o acordo, e começará a receber R$ 2 mil ao mês a partir de janeiro de 2017. A carteira dela está assinada pelo desembargador e o terreno onde ela mora com outros 16 filhos, irmãos e netos havia sido dado como pagamento da indenização por 12 anos de serviços prestados á família Ranzi.


O desembargador questionou como a mulher conseguiu um documento da prefeitura em que ela aparece como dona do imóvel. A família de dona Valdecir também considerou estranho o fato de Ranzi constar como dono do terreno somente a partir de 2005, de acordo com registros da prefeitura. A audiência durou mais de duas horas. Veja abaixo a reportagem completa, veiculada na noite deste domingo.


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