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Estudante que matou namorada planejou pedido de casamento, diz tia

saionaraAdelcimar Carvalho e Muito abalada, Maria Rocha da Silva, de 56 anos, falou sobre a sobrinha Saionara Santiago Rocha, de 24, morta a facadas na última segunda-feira (3) pelo namorado, o estudante de direito Pedro Frederico Andrade Salgado, de 23 anos. O crime ocorreu no apartamento onde o casal morava, em Goiânia. A jovem é natural da cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre.

Maria revelou que o casal chegou a iniciar uma viagem para o Acre, onde Salgado planejava pedir a vítima em casamento. Segundo ela, os dois viajaram de carro até Vilhena (RO), mas a sobrinha ligou avisando de um problema no veículo e decidiram voltar para casa.


“Ela dizia que ele era uma ótima pessoa. Nunca ligou para falar nada dele, só repetia que ele era ótimo e agora aconteceu essa tragédia. Estamos vendo o preço para trazer o corpo para o Acre, pois não há ninguém lá, apenas uma amiga dela, mas não deixam ela ver o corpo”, lamentou Maria.

O estudante de direito foi preso e apresentado pela Polícia Civil na quarta-feira (5), em Goiânia, quando confessou o crime. Salgado alegou que matou a jovem porque ela teria feito “chacota” dele. Segundo a polícia, ele deu duas facadas no peito da vítima e depois tentou degolar Saionara, mas desistiu ao perceber que ela já estava morta.


A tia da jovem relatou ainda que, no último domingo (2), a vítima ligou e contou que o namorado tinha saído para comprar um sapato alegando que faria uma viagem na segunda (3), dia em que ocorreu o crime. Para a família, isso demonstrou que o crime foi premeditado.


“Ele já estava planejando matá-la. Disseram que ele matou na segunda [3] à noite, viajou, e no outro dia voltou. Quando chegou no apartamento, chorou, gritou, dizendo que tinham invadido e que tinham matado a mulher dele. Quase todo dia a gente falava com ela, quando ela não ligava nós ligávamos, ficávamos sem falar no máximo um dia. Agora fica só a saudade”, acrescentou.


Maria relatou ainda que inicialmente Saionara não contou à família que havia ido morar com o namorado. A tia disse que desconfiou e a jovem acabou contando. Após isso, disse ter alertado a sobrinha sobre não conhecer muito bem o estudante de direito.


A jovem saiu de Cruzeiro do Sul, município no interior do Acre, onde morava com a família em busca de um emprego em Goiás. A tia alegou ainda que Saionara estaria grávida de cinco meses. Porém, segundo a polícia, exames feitos após a morte descartaram essa hipótese.


“A Saionara estava morando lá há cinco meses e, até então, ainda não tinha conseguido trabalho, foi para três entrevistas e não foi chamada. Ela se envolveu com esse rapaz e ele convidou para morar junto no apartamento dele, alegou que a Saionara pagava aluguel e com ele não pagaria, disse também que conseguiria um trabalho para ela”, contou a tia.


Entenda o caso


O crime ocorreu na segunda-feira (3), no Setor Moinho dos Ventos, em Goiânia. Após esfaquear a vítima, Salgado viajou para Britânia, região noroeste de Goiás, e retornou no dia seguinte. Quando entrou no imóvel, ligou para a polícia alegando que alguém havia matado sua namorada. No entanto, quando foi interpelado pelos policiais, acabou admitindo ser o autor.


Os dois se conheceram há aproximadamente um mês, em um bar da capital goiana. A moça, que estava desempregada, havia acabado de chegar do Acre para morar na região. Há duas semanas, eles começaram a morar juntos.


Nesse mesmo espaço de tempo, Saionara presenteou o namorado com a faca usada em sua própria morte.


Segundo a Polícia Civil, Santiago deu duas facadas no peito da vítima e depois tentou degolá-la, mas quando percebeu que ela já havia morrido, acabou desistindo.


“Sai para fazer algumas coisas na rua. Quando cheguei, ela me chamou para dormir. Esperei ela tomar um banho, peguei uma faca e a executei com golpes na parte do tórax. O principal motivo foi por ela ter feito chacota comigo a respeito de relacionamento. Na hora também estava sob efeito de álcool. Estou arrependido”, afirmou o jovem em depoimento à polícia.


De acordo com o delegado Matheus Costa Melo, responsável pelo caso, a mulher havia dito recentemente ao namorado que estaria grávida. No entanto, exames feitos após a morte descartaram essa hipótese. A investigação no local do crime conseguiu desconstruir a versão do suspeito.


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