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Em 24 dias, Rio Branco tem quase 2 mil casos de doenças respiratórias

queimadas


A fumaça, que tem feito parte do cenário em algumas cidades acreanas, tem causado o aumento dos atendimentos a doenças respiratórias. Apenas entre 1º a 24 de agosto, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito de Rio Branco, referência no serviço, registrou 1.851 casos. O número é 32% maior que o contabilizado no mesmo período do ano passado, com 1.403 registros.


No apanhado diário, os casos de síndrome gripal são os mais expressivos, contabilizando 669 ocorrências. As infecções de vias aéreas superiores, como amigdalite, faringoamigdalite, faringite, laringite, sinusite e outras, totalizam 663 casos.


Já as infecções de vias aéreas inferiores – do tipo bronquite, bronquiolite, pneumonia, asma, bronquite asmática, enfisema pulmonar, tuberculose – contabilizam em torno de 519 registros.


Devido ao problema, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) está fechando um plano de contingência para ampliar a oferta dos atendimentos nas unidades. O diretor de Atenção à Saúde, João Paulo Silva, diz que os encaminhamentos já foram direcionados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e também ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).


Silva acrescenta que a prioridade é o serviço voltado para crianças, idosos e pacientes crônicos, sobretudo aqueles que possuem alguma complicação referente a doenças respiratórias. O trabalho deve incluir reorganização do fluxo de pessoas, abertura de salas de hidratação e ainda viabilizar suporte técnico, com material hospitalar.


“Vamos ampliar a oferta no atendimento assistêncial desde a parte médica até a estrutura mesmo. O plano não é pensado apenas na parte de recurso humano. Já estamos trabalhando nessa lógica, mas estamos terminando ainda a parte protocolar. Também estamos discutindo para que as unidades básicas de saúde também se organizem”, diz.


Com o acúmulo de fumaça no estado, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) chegou a multar mais de 100 propriedades no estado por queimadas ilegais, somando mais de R$ 200 mil em multas. Os primeiros focos de calor foram em Feijó, Tarauacá, Manoel Urbano e Sena Madureira. No entanto, Capixaba e Xapuri têm sido os locais mais críticos atualmente, segundo o órgão.


O diretor-presidente do Imac, Paulo Viana, afirmou que grande parte da fumaça é proveniente de outros estados – como Pará, Amazonas e Rondônia – e também do pais vizinho, Bolívia. A concentração na capital acreana se dá, sobretudo, devido a ventos do Sul do país.


 


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