Os cientistas da Rede Zika, como é chamada a iniciativa, estão trabalhando em regime de urgência, há um mês
O Instituto de Ciências Biomédicas da USP está liderando uma força-tarefa de cientistas vindos de diversas instituições para estudar o surto de infestação do vírus zika no Brasil. Para a equipe, o país pode enfrentar uma epidemia ainda maior a partir de março. Segundo a Folha de S. Paulo, os pesquisadores estão avaliando a possibilidade de que outros fatores que não sejam a ação isolada do micro-organismo possam ser responsáveis pelo surto de microcefalia.
Os cientistas da Rede Zika, como é chamada a iniciativa, estão trabalhando em regime de urgência, há um mês. Eles foram capazes de desenvolver um diagnóstico molecular capaz de detectar o zika. No entanto, ainda não é possível que seja usado em larga escala. Da equipe participam membros de hospitais como o Albert Einstein, a Fundação Pró-Sangue e laboratórios de referência.
“O objetivo é criar uma forma de detecção rápida colhendo amostras de urina ou até de saliva. Vamos nos armar para um grande possível surto, mas ainda não sabemos dizer se ele virá”, diz o coordenador do projeto, Paulo Zanotto. Os pesquisadores analisam que a concentração de casos de microcefalia em Estados nordestinos é um fator “importante” e que indica que é necessário avançar na investigação de fatores locais para a microcefalia.