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Marcelo Oliveira dá a volta por cima com o título da Copa do Brasil

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Para o técnico, o Palmeiras poderia ter sido campeão sem o sufoco dos pênaltis
Marcelo Oliveira precisou disputar quatro finais de Copa do Brasil para conquistar o seu primeiro título do torneio. Depois de perder com Coritiba (duas vezes) e Cruzeiro, a coroação veio nesta quarta-feira com o Palmeiras. Contestado, o treinador comemorou em tom de desabafo.
A principal crítica do treinador foi às pessoas que colocaram o Santos como amplo favorito ao título e, na visão de Marcelo Oliveira, não acreditaram na força do Palmeiras. “Muitas pessoas achavam que o Santos ia nos atropelar tanto na Vila Belmiro como na nossa casa e isso não aconteceu porque aqui a gente trabalha e tem honestidade. Não ganhamos por acaso”, disse.
Para Marcelo Oliveira, inclusive, o Palmeiras poderia ter sido campeão sem o sufoco dos pênaltis. “Fomos melhores durante o jogo e poderíamos ter ganho no tempo normal”.
O título alivia a pressão em cima do treinador. Os últimos tropeços da equipe, que caiu de rendimento no Campeonato Brasileiro e se afastou da zona de classificação para a Copa Libertadores deixaram Marcelo Oliveira sob risco de ser demitido. Vários conselheiros, inclusive, chegaram a pedir ao presidente Paulo Nobre demissão do treinador.
“Não tenho a preocupação de sair. Minha única preocupação é ter saúde para trabalhar. Essa é a cultura do futebol brasileiro. Vimos o Levir Culpi, que foi vice-campeão brasileiro, sair. Infelizmente é assim”, disse Marcelo Oliveira.
ZÉ ROBERTO – Sábado, dia 31 de janeiro de 2015. Minutos antes do Palmeiras disputar seu primeiro jogo oficial da temporada, contra o Audax, pelo Campeonato Paulista, o lateral-esquerdo Zé Roberto pede a palavra e faz uma preleção emocionante nos vestiários da equipe. “Bate no peito do amigo do lado e diz: o Palmeiras é grande. Mais uma vez – o Palmeiras é grande”.
Foi assim o pontapé inicial do Palmeiras no ano, dado pelo jogador mais experiente do grupo que, aos 41 anos, chegou ao Palmeiras e provou que ainda tinha potencial para seguir sua brilhante carreira. “Quando eu cheguei nesse grupo, falei que o Palmeiras é grande, hoje eu digo: o Palmeiras é gigante. Aquilo que não nos mata nos fortalece”, disse Zé Roberto, que ainda em novembro estendeu seu vínculo com o Palmeiras até o final de 2016.
Um dos maiores ídolos da torcida, Zé Roberto teve uma ótima temporada e foi outra peça fundamental para a conquista do tricampeonato da Copa do Brasil. De seus pés saíram gols importantes, como o marcado contra o Internacional, no jogo de volta pelas quartas de final, e contra o Fluminense, na primeira partida das semifinais, no Maracanã. Além disso, sua bola parada foi uma das grandes armas do time durante o torneio.
Com o título garantido, a nova missão desse superatleta será liderar o seu “exército”, como disse em sua famosa preleção, na disputa da Libertadores do ano que vem.
GABRIEL JESUS – Demorou um bom tempo, mas finalmente o Palmeiras voltou a ser campeão com um prata da casa como um dos destaques. Aos 18 anos, o atacante Gabriel Jesus ajudou muito a equipe durante toda a campanha da Copa do Brasil. Titular incontestável, ele deixou de ser uma jovem promessa das categorias de base e se tornou realidade com técnica apurada e inteligência, sem deixar de lado sua lealdade ao clube. Bem ao gosto do exigente torcedor alviverde.
Gabriel Jesus chamou a atenção do torcedor ainda nas categorias de base, em 2013. No final do ano passado, estendeu seu contrato até dezembro de 2017, com possibilidade de renovação por outros dois anos
Depois de ótimas partidas durante a campanha, como no jogo contra o Cruzeiro, no Mineirão, quando fez dois gols – um deles um golaço, e na semifinal contra o Fluminense, no Allianz Parque, o garoto ainda não se sente ídolo da torcida.
“Eu tenho uma grande admiração pela torcida do Palmeiras, por tudo que já fizeram por mim. Ela me apoiou no momento que eu não estava bem. Meu foco é o Palmeiras, minha vida é o Palmeiras. Eu não quero ser (só) um jogador do Palmeiras, quero me tornar ídolo e para chegar a ídolo tem que ficar muitos anos e fazer por merecer. Eu sei que o Palmeiras está carente de ídolo faz tempo. Vou continuar trabalhando muito forte pra honrar a camisa do clube e quem sabe virar um ídolo”, disse o atacante. Com informações do Estadão Conteúdo.


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