Flores, móveis, mudas de árvores, plantas naturais e uma diversidade de artesanatos estão expostos na 3ª edição da Eco Flores, no Horto Florestal, em Rio Branco. Nesta edição, a organização quer superar a marca de vendas do ano passado, que foi de R$ 45 mil. A feira se encerra neste domingo (3).
O consumidor pode encontrar ainda pequenos animais, móveis em madeira, artesanatos e produtos regionais produzidos na capital acreana e mais dez municípios do estado. Solange Silva é uma dessas produtoras. Ela veio de Porto Acre, interior do Acre, e montou uma barraca com uma variedade de frutas e verduras. É de feiras como essa que ela leva o sustento para dentro de casa
"Sempre que tem essas feiras é muito bom para gente porque divulgamos nosso trabalho e o que usamos na colônia. É daqui que tiro o sustento da minha família”, complementou.
Produtos estão expostos no Horto Florestal, em Rio Branco (Foto: Reprodução)
A artista plástica Léia Haedrirl trouxe para a feira peças feitas com materiais recicláveis. Uma máquina de lavar foi transformada em um lindo puf. Pedaços de madeira, espuma e ventilador: tudo vira obra de arte. Uma prova que o lixo pode sim se transformar em luxo.
"Usei muita coisa tipo caixote, turbos, restos de madeira, pesando em salvar o meio ambiente. Cada um fazendo sua parte vamos deixar a floresta livre", falou.
É por meio das obras de artes que Leia pode empreender e ajudar no sustento da família. "É o que me ajuda muito porque meu marido também é artista. Os artistas não têm uma renda boa, então, eu fazendo essas coisas e ele fazendo o dele também a gente tem uma renda melhor para sustentar os filhos e comprar material para estudar", garantiu.
Ao todo, o evento tem 105 empreendimentos e é uma parceria da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol). A diretora da Unisol, Isadora Santos, explicou que a feira representa uma valorização dos pequenos empreendedores no estado, além de uma grande oportunidade de integração entre eles.
“Gera renda, mas também tem esse potencial de gerar negócios depois. Então, o pessoal acaba fazendo algumas rodadas de negócio, também conversando com lojistas e quem vem comprar individualmente. Tem esse potencial grande de contatos de empreendimentos", afirmou.
Seminário debateu questões sobre a preservação da água na Amazônia (Foto: Reprodução)
Além da exibições de diversos produtos e plantas, o evento debateu muito a importância da Amazônia e com participações internacionais. Foi realizado um seminário internacional em defesa das águas com representantes do Peru e Bolívia.
"As instituições do Peru e Bolívia são importantes enquanto Amazônia. Então, no entendimento que a Amazônia ultrapassa fronteiras e vamos falar da defesa das águas que é um tema extremamente importante tanto na preservação ambiental quanto na preservação nas comunidades ribeirinhas que vivem ao redor e ajudam preservar", falou Isadora.
A representante da Bolívia, Ana Lúcia, falou que a troca de conhecimento vai servir para potencializar experiências já desenvolvidas no Brasil como do açaí, que pode ajudar na exploração do produto em Cobija.
"Na Bolívia o açaí não era consumido, nem conhecimento e com todo essa falta de emprego comecei fazendo uma campanha mostrando que o açaí tem um mercado a nível mundial e agora precisamos muito de capacitação no açaí, o que podemos fazer do caroço que tipo de artesanato, que dá para fazer óleos, m´voeis emuita coisa que o Brasil está ano-luz na frente", comemorou.
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