Malafaia é bancado com dinheiro público em viagens ao funerais da rainha Elizabeth II e para a Assembleia da ONU, em Londres e Nova York

Os cofres públicos bancaram a viagem do pastor Silas Malafaia a Londres e a Nova York para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro nas cerimônias fúnebres da rainha Elizabeth II e na Assembleia Geral das Nações Unidas.


Bolsonaro esteve na Inglaterra e nos Estados Unidos entre os dias 19 e 20 deste mês. O governo também pagou as despesas o padre Paulo Antônio de Araújo, outro integrante da comitiva presidente.


Tanto o pastor quanto o padre voaram a bordo do avião presidencial, mas essa não foi a única despesa custeada pelo erário.


Um registro oficial obtido pela coluna comprova que ambos viajaram “com ônus” para o governo — ou seja, à custa dos cofres públicos.


Nem Silas Malafaia nem Paulo Araújo ocupam cargos no governo.


À coluna, Malafaia confirmou que o governo pagou as suas diárias de hotel, mas não quis responder sobre as despesas com alimentação.


“Fiquei em um hotel normal, hotel bom. O de Nova York era inferior ao de Londres”, disse. De acordo com o pastor, o hotel de Londres era categoria quatro estrelas, e o de Nova York era “três, quatro estrelas”.


“É prerrogativa do presidente levar convidados para comitiva. Quando era a Dilma (Rousseff), ninguém falava nada sobre os gastos. Agora, quando o presidente leva um pastor para uma viagem parece que um inferno se estabelece na terra”, queixou-se.


Malafaia disse ainda que o presidente da República pode gastar até R$ 25 mil sem prestar contas e sem comprovar nada. “Ele pode até sacar o dinheiro e não prestar conta”, emendou.


Indagado sobre as razões pelas quais participou da viagem, o pastor respondeu que havia um fim religioso na agenda de Londres, uma vez que o presidente foi à cidade participar dos funerais da rainha. Quando a Nova York, ele disse que apenas seguiu acompanhando a comitiva presidencial — da Inglaterra, Bolsonaro foi direto para os Estados Unidos.


“Eu iria para Londres e lá ele (Bolsonaro) ia me colocar num avião comercial para voltar ao Brasil?”, questionou.


O padre Paulo Araújo não foi localizado. A coluna também procurou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, mas não obteve retorno


Metrópoles


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