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Vídeo: PM pede para pais tirarem bebê da praia e cena gera revolta, em SC

Casal é abordado por policiais — Foto: Reprodução/redes sociais/Bruna Froehner

Uma cena passou a repercutir nacionalmente após ser compartilhada nas redes sociais na última quinta-feira (25). Nas imagens, policiais militares abordam um casal e pedem que retirem um bebê da praia. A criança, cuja idade não foi divulgada, estava deitada em um carrinho sob forte calor. Preocupados com a segurança do bebê, já que as temperaturas ultrapassavam os 30 °C, banhistas e até um guarda-vidas tentaram intervir.


Em entrevista à CRESCER, a jornalista Bruna Froehner (@brufroehner), de Balneário Camboriú, que gravou as imagens, relatou como tudo aconteceu. “Eu estava na praia com a minha família quando esse casal de argentinos chegou com uma caixa de som em volume alto e com a criança no carrinho. Estava muito quente — fazia mais de 30 °C —, e nem nós estávamos aguentando ficar expostos ao calor. Então, as pessoas ao redor começaram a se preocupar com a criança. Era sol do meio-dia, e todo mundo ficou indignado”, contou. “Além disso, havia o som alto, o que também é proibido em Balneário Camboriú por lei”, completou.


Segundo Bruna, ao menos três pessoas conversaram com o casal, incluindo um guarda-vidas, que alertou que chamaria a Polícia Militar caso o bebê não fosse retirado do sol. “Eles ignoraram todas as recomendações e fizeram gestos pedindo para que fossem deixados em paz”, afirmou. Minutos depois, a Polícia Militar chegou ao local e orientou o casal a desligar o som, sob pena de apreensão do equipamento, e a retirar a criança do sol, caso contrário o Conselho Tutelar seria acionado. “Eles permaneceram por cerca de cinco minutos e foram embora, já com o som desligado”, relatou.


Bruna reforça que não houve briga ou confusão. “Depois que compartilhei o vídeo nos stories, a situação ganhou uma proporção enorme e começou a viralizar. As pessoas ficaram muito indignadas, principalmente pelo fato de a criança ter sido exposta ao sol forte”, concluiu.


Riscos do sol e calor excessivo


Especialistas alertam que a exposição de bebês ao sol exige cuidados redobrados. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso de protetor solar não é recomendado para crianças com menos de 6 meses, já que a pele nessa fase é mais fina e sensível, com maior risco de desenvolver alergias. Por isso, a principal orientação é evitar a exposição direta ao sol.



Quando não é possível fugir completamente dos raios solares, a recomendação é recorrer a métodos de proteção física, como roupas com fator de proteção ultravioleta (FPU), chapéus e sombrinhas. Ma mesmo sob guarda-sóis ou árvores, o bebê continua recebendo radiação solar indireta, o que reforça a necessidade de cuidados constantes.


Em dias de calor intenso, como os registrados na ocasião do episódio, sair com crianças pequenas nem sempre é indicado. As altas temperaturas podem provocar mal-estar, desidratação e até insolação. Especialistas orientam evitar passeios e atividades ao ar livre entre 10h e 16h, período de maior incidência solar. Para crianças maiores de 6 meses, o uso de protetor solar com fator mínimo 30 é recomendado, com reaplicação após mergulhos no mar ou na piscina.


Outro ponto de atenção é a hidratação. O calor eleva a temperatura corporal das crianças, aumentando a transpiração e a perda de líquidos. Em dias quentes, é fundamental incentivar o consumo de água. A partir dos 2 anos, a recomendação é a ingestão de cerca de 1,5 litro de líquidos por dia. Água fresca, sucos naturais — como o de melancia — e água de coco são boas opções para ajudar a manter a hidratação adequada.


Fonte: Revista Crescer


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