Gerson de Melo Machado, o homem de 19 anos que foi morto por uma leoa, foi velado na última segunda-feira (1°), em João Pessoa, na Paraíba. Entretanto, apenas uma prima do jovem e sua mãe, Maria da Penha Machado, foram ao velório.
De acordo com informações do portal Correio 24 Horas, a mãe precisou reconhecer o corpo do filho no Instituto Médico Legal (IML) antes do velório. Ela perdeu o poder familiar há mais de dez anos, por conta de seu quadro de esquizofrenia. Para tentar facilitar uma adoção de Gerson, conhecido como “Vaqueirinho”, o nome de Maria da Penha chegou a ser retirado da certidão de nascimento.
Entretanto, Gerson, ao contrário dos irmãos, nunca foi adotado. Por conta dos sintomas psiquiátricos, ele permaneceu em instituições de acolhimento durante toda a infância.
Homem morto por leoa tinha sonho de ser domador de leões na África
Segundo o relato da conselheira tutelar que o acompanhava, Verônica Oliveira, ele frequentemente fugia dos abrigos para ir atrás da mãe. Além disso, ela contou que Gerson queria viajar para a África para se tornar domador de leões.
“Ele tinha o sonho de ir para a África, achava que conseguiria domar leões. Já tentava fugir para isso. Uma vez chegou a ser encontrado no trem de pouso de um avião porque acreditava que embarcaria para o continente africano”, relatou a conselheira.
Ela explica que o jovem apresentava deficiência intelectual visível, mas só recebeu diagnóstico formal depois de entrar no sistema socioeducativo. “Ele precisava de acompanhamento de saúde mental digno, mas não teve. Todo o poder público falhou com ele, com a família”, afirmou.
Fonte: Ric.com.br