Uma série de manifestações contra o feminicídio marcou este domingo (7) em diversas cidades do País, como São Paulo, Rio, Recife e Belo Horizonte.
Em São Paulo, o protesto foi na Avenida Paulista, na região central da cidade. As últimas semanas foram marcadas pela repercussão de casos brutais de violência contra a mulher no Estado e no País.
O crime de feminicídio, tipificado pela Lei 13.104/2015, é o assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou de gênero. Na capital paulista, Taynara Santos, de 31 anos, teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por um quilômetro na Marginal Tietê. A defesa da vítima – e um amigo do agressor – afirmam que o rapaz cometeu o crime de forma intencional com o objetivo de matar a mulher. Na quinta-feira, 4, ela foi transferida para o Hospital das Clínicas. Nas redes sociais, a irmã de Taynara, Tatiana Souza Santos, informou que a jovem permanece entubada e ainda respira com auxílio de aparelhos.

Protestos contra o feminicídio, no domingo 7 de dezembro, em São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Esse não foi o único caso que repercutiu nas últimas semanas. Também em São Paulo, Evelyn de Souza Saraiva, de 38 anos, foi baleada seis vezes por seu ex-companheiro enquanto ela trabalhava na zona norte da cidade.
No Recife, uma mulher grávida e quatro filhos morreram durante um incêndio. O suspeito, pai das crianças, foi preso em flagrante no mesmo dia.
No Rio de Janeiro, duas funcionárias do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) foram mortas a tiros por um funcionário da instituição de ensino. O crime ocorreu no dia 28 de novembro.

Protestos contra o feminicídio, no domingo 7 de dezembro, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Em Brasília, o corpo da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, foi encontrado carbonizado após um incêndio. O crime está sendo investigado como feminicídio, após o soldado Kelvin Barros da Silva, 21 anos, ter confessado a autoria do assassinato.
Recorde
Dados da Secretaria da Segurança Público do Estado de São Paulo apontam que a cidade de São Paulo já registrou em dez meses o maior número de feminicídios da série histórica, desde 2015. Antes, o maior índice registrado havia sido registrado nos doze meses de 2024, com 51 casos de feminicídios.

Protestos contra o feminicídio, no domingo 7 de dezembro, no Rio de Janeiro (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil)
Em 2025, o Brasil registrou mais de 1.180 feminicídios e quase 3 mil atendimentos diários pelo Ligue 180, segundo o Ministério das Mulheres.