PF diz que Bacellar atuou para manter vínculo com o CV por ‘milhões de votos’ no Rio

Rodrigo Bacellar - Divulgação Alerj

A Polícia Federal afirmou no pedido de prisão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), que o cacique fluminense tinha como objetivo a manutenção de vínculos com o Comando Vermelho (CV) em busca dos “milhões de votos” das regiões dominadas pela facção.


“Um possível objetivo subjacente da ação obstrutiva é a manutenção do vínculo desses agentes políticos com o Comando Vermelho, facção responsável pelo maior controle territorial do Estado do Rio de Janeiro, o que se traduz em milhões de votos no pleito eleitoral que se avizinha”, diz a PF.


Segundo a PF, Bacellar sabia das interações de Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, com o Comando Vermelho, e teria atuado para obstruir as investigações.


“Sabedor das notórias interações de TH JOIAS com o Comando Vermelho, visto que o parlamentar foi preso e permaneceu encarcerado por 10 meses entre 2017 e 2018, tendo sido posteriormente condenado a quase quinze anos de reclusão pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por tráfico de drogas, o deputado estadual Rodrigo Bacellar, Presidente da Alerj, toma ciência prévia da ação policial, conversa com o principal alvo de tal ação e ainda o orienta sobre a retirada de objetos de interesse da persecução da residência”, diz a PF.


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), diz na decisão que autorizou a prisão do presidente da Alerj que “há relevantes indícios de ações possivelmente coordenadas e estruturadas cuja finalidade é a obstrução de investigações, relacionadas à atuação dos principais grupos criminosos violentos e suas conexões com agentes públicos e que exigem repressão uniforme.”


TH Joias foi preso no dia 3 de setembro por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de negociar armas para o Comando Vermelho.


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