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Mesmo com expectativa de aumento nas vendas, comércio de Rio Branco não deve ampliar contratações no Natal de 2025

Foto: Jardy Lopes

Apesar da projeção positiva para o faturamento no Natal de 2025, o comércio de Rio Branco não deve transformar a movimentação típica do período em geração expressiva de empregos temporários. Levantamento com empresários do setor aponta que 64,8% dos lojistas não pretendem contratar trabalhadores extras para atender à demanda de fim de ano, enquanto apenas 29,6% admitem reforçar as equipes.


A pesquisa mostra que o otimismo em relação às vendas convive com cautela na gestão dos custos. Embora 60,6% dos entrevistados esperem faturamento maior do que no Natal de 2024, a maioria prefere adotar estratégias comerciais focadas em descontos, redução de preços e facilidades de pagamento, em vez de ampliar o quadro de funcionários.


Entre as ações planejadas para impulsionar as vendas de presentes, 42,7% dos comerciantes afirmam que vão investir em descontos, enquanto 27,5% apostam na redução direta de preços. O parcelamento sem juros aparece como alternativa para 19,1%, indicando tentativa de atrair consumidores sem elevar despesas operacionais.


O perfil de consumo esperado reforça essa postura conservadora. Quase metade dos lojistas (49,5%) estima que o valor médio das compras por cliente fique em até R$ 100, com foco em presentes de menor valor. Outros 31,2% projetam tíquete médio entre R$ 100 e R$ 200, o que limita a margem para expansão de custos com mão de obra.


A cautela também é explicada pelas incertezas econômicas apontadas pelos empresários. Para 30,1%, o endividamento da população é a principal ameaça às vendas. O desemprego aparece como fator preocupante para 22,1%, seguido pela instabilidade econômica do país (14,7%) e pela inflação (12,5%).


Mesmo com essas restrições, o Natal segue como a principal data do calendário comercial. Para 56,5% dos entrevistados, o período registra vendas superiores às demais datas festivas do ano. Ainda assim, a maior parte do movimento deve se concentrar na semana que antecede o Natal, segundo 33,9% dos comerciantes, ou após o pagamento do 13º salário, conforme 24,8%.


Quanto às formas de pagamento, a preferência é pelo recebimento à vista, opção defendida por 49,5% dos lojistas, enquanto 46,8% afirmam que avaliam propostas dos clientes. Apenas 3,7% planejam priorizar vendas parceladas.


 


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